Para projetos de mobiliário para ambientes corporativos, litorâneos, espaços externos, quartos infantis ou aqueles voltados à acessibilidade, por exemplo, fabricar móveis resistentes é uma demanda comum.

No entanto, para desenvolver peças que, além dos atributos estéticos e funcionais, apresentem elevada durabilidade e resistência a fatores como intempéries, é preciso seguir alguns cuidados. Confira a seguir 4 passos para isso! 

1. A escolha da madeira 

Quando o objetivo é fabricar móveis resistentes em madeira, é preciso ser criterioso com a escolha desse insumo, conforme explica o diretor executivo da Casa Conceito, Leandro Dias.

“Para fabricar móveis resistentes, buscamos trabalhar com o que há de mais tecnológico no mercado, que é o MDP e o MDF. Os dois são de extrema qualidade, diferenciando-se apenas na aplicação. Em questão de peso e robustez, o MDP é uma opção mais resistente, enquanto o MDF permite acabamentos mais finos, mais arredondados”, pontua o especialista.

Vale ressaltar que a madeira MDF é uma placa de fibra de média densidade, obtida a partir da aglutinação de fibras de madeira e resina sintética. Com aspecto homogêneo e textura suave, esse material tem ótima variedade de acabamentos e é bastante maleável.

O MDP, por sua vez, é uma partícula de média densidade obtida com a combinação de partículas de madeira em três camadas: uma mais grossa no miolo e duas mais finas na superfície. Sua aparência é semelhante à da madeira maciça e tem a vantagem de ser mais leve.

Quando se pensa em fabricar móveis resistentes para espaços úmidos, uma opção recomendável é usar o MDF verde, pois ele se mostra mais resistente à água.

“Se o cliente precisa projetar móveis para um banheiro no qual há um vapor muito grande por conta do chuveiro, usando esse material o produto será mais resistente à água do que o MDP e o MDF tradicional, por exemplo”, pontua Dias.

Carlos Aliatti, instrutor da Confraria da Madeira, complementa afirmando que o MDF hidrorrepelente apresenta resistência por “receber durante o processo de fabricação um tratamento de ácido acético, o que faz com que ele repila a água e não a absorva, tendo, assim, maior durabilidade”.

Ainda, para essas áreas, madeira teca também pode ser uma boa opção, além de madeira cumaru – embora essa tenha grande resistência, pode ser mais difícil de ser trabalhada. A madeira plástica é outra alternativa por ter alta durabilidade e resistência à corrosão e a pragas (como cupins). Pode-se avaliar, também, o uso de madeira engenheirada, que é altamente resistente a uma ampla gama de fatores.

E, além da madeira, há opções de materiais como corda náutica e fibra sintética, que apresentam atributos elevados de resistência.

2. Acabamento é fundamental para fabricar móveis resistentes

Além da escolha do material, também deve-se ter atenção ao tipo de acabamento a ser empregado. E, para isso, é importante que o marceneiro ou fabricante de móveis seriados saiba em que tipo de ambiente a peça será utilizada.

Por exemplo, em áreas externas ou para casas de praia, pode-se utilizar impermeabilizante, verniz ou tinta resistente à ação da umidade, maresia e do sol, evitando o desgaste estético precoce do móvel.

Já para móveis para áreas internas, o acabamento com resina epóxi oferece, além de versatilidade e beleza estética, uma opção a mais de acabamento resistente à exposição de diversos tipos de agentes químicos, por exemplo.

3. Tecidos para revestimentos: estratégicos para móveis duráveis

Ao fabricar móveis resistentes, é importante escolher, também, um tecido apropriado, que ofereça, além da estética, a durabilidade esperada para a peça.

Entre as opções, há o acquablock, tecido tecnológico que apresenta proteção contra a ação do sol e que repele a água. Tecidos em fibras sintéticas (como linho sintético) também apresentam elevada resistência a fatores como mudanças climáticas, além de alta durabilidade.

Há, também, os tecidos náuticos com elevada durabilidade, que não acumulam mofo, não retêm água e oferecem vantagem extra para o cliente que tem pets, por apresentar grande resistência a arranhões, por exemplo.

4. Ferragens de qualidade também contribuem para móveis resistentes

Para que as peças projetadas mantenham seus atributos funcionais e estéticos por bastante tempo, a produção moveleira também deve levar em conta a qualidade das ferragens. No caso de armários ou cômodas, por exemplo, uma ferragem com alta capacidade de amortecimento ajuda a evitar o desgaste prematuro da peça.

Além disso, a escolha da ferragem deve ser adequada ao móvel, levando em conta, por exemplo, seu peso, o tamanho final da peça, entre outros detalhes que contribuirão para sua resistência e manutenção de atributos e funcionalidades ao longo do tempo.

Saiba mais sobre o tema conferindo também nosso artigo sobre móveis resistentes para áreas externas.