Um estudo desenvolvido pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em parceria com a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) vem trazendo dados interessantes sobre a exportação de móveis.

Apesar de um 2020 cheio de turbulências, o mercado moveleiro vem retomando de forma sustentável a exportação de móveis. A prática é interessante, pois fortalece a indústria nacional, ao mesmo tempo em que reposiciona marcas e empresas da cadeia ao redor do mundo. 

Veja, a seguir, alguns dados interessantes que esses estudos da APEX e da ABIMÓVEL trouxeram nos últimos meses.

A exportação de móveis em dados

A exportação de móveis e colchões no Brasil acumulou um crescimento de 34,5% no primeiro trimestre de 2021, se comparado ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a maio de 2021, o aumento foi de 72,9% nas vendas internacionais. O crescimento de maio de 2020 a maio de 2021 foi de 34,3%.

Considerando somente o resultado de maio de 2021, o crescimento foi de 125,4% em relação ao mesmo mês de 2020, o que comprova a estabilização e ampliação das atividades de comércio exterior no setor. 

De acordo com o estudo, a recuperação dos números em relação às quedas sofridas no segundo trimestre de 2020 é surpreendente. Os pesquisadores apontam para “um desempenho que confirma a consolidação das marcas, do design integrado à indústria e da produção nacional como referência de qualidade, sustentabilidade e competitividade no setor moveleiro global”.

De maneira resumida, todas as categorias de exportação de móveis (estofados, madeira e metal) e colchões avaliadas no estudo tiveram variação positiva no período. 

Veja, a seguir, a tabela disponibilizada no estudo:

Destinos da exportação de móveis

Os Estados Unidos é o principal destino do móvel brasileiro no mundo. Em comparação a 2020, apresentou aumento de 67% no acumulado sobre os primeiros cinco meses de 2020. Logo na sequência vem Chile, com crescimento de 240% nas negociações, e Uruguai, com crescimento de 64,4% no período. 

Em relação à última edição do monitoramento (abril), houve uma mudança inesperada. Após a melhora nas negociações no mês de abril, o Reino Unido caiu da segunda para a quarta posição. Mesmo com a queda no ranking, os números se mantiveram positivos, quando comparados ao ano passado. 

Confira, a seguir, a tabela do estudo com os principais destinos de exportação de móveis brasileiros:
 

Os especialistas do monitoramento destacam também “o aumento das exportações para os Países Baixos (Holanda), que apresentou aumento de 15,1% no acumulado entre janeiro e maio deste ano, e de 13,9% entre maio de 2020 e maio de 2021. Número puxado, sobretudo, pela importação de estofados, que cresceu 44,4% no acumulado dos últimos 12 meses, mostrando com isso que os móveis brasileiros vêm conquistando novos mercados”.

Mercado sul-americano: Peru desponta como grande interessado

Chile e Uruguai ocupando, respectivamente, a 2ª e 3ª posição no ranking de maiores importadores de móveis brasileiros nos traz uma tendência interessante: o interesse do mercado sul-americano pelo mobiliário do Brasil.

O Peru também merece destaque neste ponto. O país ocupa a 5ª posição, atrás do Reino Unido, mas com uma estatística muito importante. Em relação a maio de 2020, o Peru importou 248,5% a mais no mesmo mês de 2021. O acumulado em 2021 é de 71,8%, contra 33,4% nos últimos 12 meses. 

Exportação de móveis: um passo a passo resumido

Quem deseja aproveitar esse crescente mercado global, deve estar pensando em como ingressar na exportação de móveis. Não é uma transação tão complexa, mas certamente o auxílio profissional pode ser adequado para evitar custos desnecessários.

Veja, a seguir, um breve passo a passo para a exportação:

  1. Identifique mercados potenciais: com os dados do monitoramento que apresentamos, você já sabe que EUA e América do Sul merecem um olhar atento. A partir deles, pesquise o mercado consumidor local, possíveis acordos bilaterais e as exigências técnicas vigentes. 
  2. Habilite a empresa no Siscomex: sistema federal que registra todas as operações de comércio exterior.
  3. Defina o preço do produto: após avaliar custos internos e para realizar a operação (certificações para exportar, tributação, frete etc.), defina o preço do seu produto.
  4. Estude as opções logísticas: modal aéreo e marítimo atendem a propósitos diferentes. Veja qual é o melhor para seu caso.

A exportação de móveis vem se recuperando de maneira robusta nos últimos meses. Para aproveitar as oportunidades, é preciso ficar atento aos Estados Unidos e ao mercado sul-americano, os maiores importadores de móveis brasileiros.