Quando um condomínio é recém-construído, é preciso pensar nos aspectos relacionados ao bom funcionamento do local e ao bem-estar dos condôminos. Por isso, é nessa etapa que o enxoval de condomínio, que se refere ao mobiliário para áreas comuns, deve ser implementado, o que leva síndicos e profissionais das empresas do mercado imobiliário a buscarem o auxílio de arquitetos e designer de móveis.
O mobiliário para áreas comuns varia de acordo com a proposta do empreendimento, que se difere pelo número de torres, metragem, perfil de público e outros critérios. Os ambientes de convivência e os itens contidos neles ajudam a compor o preço do condomínio e a valorizar o patrimônio.
Enquanto algumas incorporadoras e construtoras já entregam o empreendimento com mobiliário nas áreas comuns, outras aguardam uma reunião entre o síndico e os primeiros moradores.
Além disso, a arquiteta Valéria Teixeira explica que “hoje, está em alta o conceito de condomínio clube, que conta com diversos tipos de serviços (muitos pay-per-use) e de opções de lazer que lembram a estrutura de um clube. Os empreendimentos coliving também têm nas áreas comuns seus destaques. Tudo isso tem mudado e aumentado a demanda por serviços profissionais e tornado os projetos arquitetônicos, de design de interiores e o que envolve a escolha das peças de mobiliário cada vez mais estratégicos e especializados”.
Como projetar e escolher o mobiliário para áreas comuns?
Os ambientes obrigatórios das áreas comuns já foram apresentados em contrato para os moradores, por isso, é importante que os móveis correspondam a essas expectativas. Além disso, é preciso levar em conta questões como segurança, durabilidade e atemporalidade do estilo de decoração.
Teixeira também lembra de que a atuação do arquiteto e designer de interiores é essencial. “Por vezes, opta-se por fazer isso sem o apoio desses profissionais e isso leva a áreas comuns abarrotadas, muito personalizadas para um gosto em particular e com sobreposição de estilos que não conversam bem entre si e que não respeitam o padrão estético do condomínio. Outro problema comum é o mobiliário não ser o mais recomendado para determinado ambiente, no caso de áreas molhadas, como piscinas e SPA, isso é bem recorrente.”
Além desses cuidados, como dica geral para a projeção e escolha de mobiliário para áreas comuns, está a priorização de materiais que apresentem grande durabilidade e que tenham fácil manutenção e limpeza. Seguir quesitos de ergonomia e de segurança, também é primordial.
Veja, a seguir, mais recomendações para projetar o mobiliário para áreas comuns de condomínios.
Hall de entrada
Nessa área, é comum o uso de espelhos, eles ajudam especialmente a darem a sensação de amplitude. No entanto, deve-se cuidar para que eles não fiquem ao alcance das crianças.
Além disso, nesses ambientes, especialmente quando forem mais enxutos, mesas de centro podem não ser boas opções, uma vez que prejudicam o fluxo de circulação de pessoas no local e podem levar a situações de tropeços e quedas. Ao invés disso, pode-se projetar um pequeno aparador para ser disposto em uma parede de menor fluxo.
Ainda, as poltronas devem ser pensadas também para atender a todos os públicos, levando em conta questões como tamanho do assento, peso máximo suportado e o formato ergonômico.
Salão de festas
Para projetar o mobiliário, é fundamental conhecer o público majoritário do espaço. Se ele tiver crianças, a escolha de estofados e outros mobiliários revestimentos de tecido que sejam resistentes é essencial. Também é importante dar prioridade aos de tons mais escuros nesses casos.
Os tecidos impermeáveis também são uma boa alternativa para as áreas comuns de condomínios nas quais comidas e bebidas sejam liberadas, ajudando a evitar manchas nas peças e a aceleração da perda de seus atrativos estéticos.
Nesses ambientes tem-se utilizado bastante a opção de bancada ilha, que é um móvel prático e multifuncional e que ajuda a estimular a interação das pessoas.
Quanto às cores, se no mobiliário para áreas comuns como Espaço Kids ou Teen, tons mais vibrantes podem ajudar a agregar conceitos como descontração, alegria e ludicidade, aqui o recomendado é preferir cores mais neutras.
“É importante lembrar de que eventos dos mais variados tipos serão realizados nesses ambientes e a decoração fixa do espaço não deve se tornar um empecilho visual para os diferentes estilos decorativos que serão aplicados ali para essas ocasiões”, indica Valéria Teixeira.
Brinquedotecas e Espaço Kids
Nos ambientes voltados especificamente para as crianças, o quesito segurança deve ser ainda mais determinante para o projeto, como lembra Rodrigo Pinto, diretor comercial da Cia do Móvel.
“As crianças demandam cuidados e uma atenção muito especial com os detalhes. É imprescindível que os móveis tenham um material adequado, a fim de garantir durabilidade, conforto e principalmente segurança aos pequenos. Em nossos testes de qualidade, sempre cuidamos para não deixar quinas que possam causar ferimentos, assim como objetos que possam se prender e causar qualquer tipo de acidente. A segurança é o ponto central de tudo. Quanto a isso, também cabe destacar que o comportamento das crianças tende a ser diferente quando estão em grupos e isso precisa ser levado em conta. Aqui, precisamos considerar principalmente a resistência (peso) e o risco de acidentes, como quedas (altura), por exemplo. Quem desenvolve esses móveis precisa pensar como a criança, a fim de antever possíveis riscos”, destaca.
Além da segurança o aspecto da limpeza também deve ser prioritário no mobiliário para áreas comuns de acesso às crianças, recomenda o especialista acrescentando que “é preciso ter uma atenção especial em relação à higiene. Móveis fáceis de se limpar devem ser priorizados nessas áreas”.
Quer saber mais sobre outros fatores a levar em consideração ao projetar e escolher mobiliário para áreas comuns de condomínios? Então, confira o material que preparamos sobre móveis para áreas externas.