Até o próximo ano, a expectativa para o mercado de design de móveis é de uma conversa entre releituras de antigos formatos e estilos, aço escovado, tecidos de fibras rústicas, couro, mistura de materiais, muita madeira, linhas retas e curvas. Essas tendências estão expostas na Casa Cor São Paulo 2016.

As cozinhas são cenários de inovações e releituras: peças de pedra escura ganham espaço especialmente como bancadas de apoio para pia instaladas sobre armários de madeira ou aço, que remetem a movimentos estéticos do passado. Nos armários, o branco dá licença para o rosa e o azul, ambos em tons pastéis. Entretanto, há espaço para cores como prata e cobre, típicos da cozinha industrial, levada para as residências na forma de mesas de aço escovado.

“Uma grande tendência é contrapor os materiais brutos com os mais sofisticados como peças banhadas em ouro, prata ou bronze sobre uma mesa com toras rústicas”, afirma Ale Tobler, arquiteta e diretora de estilo do Westwing. Idealizadora de um espaço multissensorial na mostra paulistana, ela lembra que a imagem de um ambiente atual sempre tem um elemento em “desequilíbrio”.

Cadeiras, mesas, poltronas e armários com design escandinavo têm espaço reservado em diversos ambientes domiciliares. Também ganham homenagens e possíveis releituras itens das décadas de 1930 e 1940 como criados mudos de madeira com maçanetas de aço e sofás largos em formatos arredondados. Móveis que unem materiais naturais com itens industrializados como objetos que misturem vidro com madeira estão no topo das apostas.

Designers e fabricantes de móveis apontam o carvalho americano como a madeira do ano, enquanto o bambu ganha destaque como a madeira do futuro na fabricação moveleira. Já a tendência em tecidos confirma a aplicação de fibras naturais a partir de linhos e algodão em tapetes e forros para sofás, poltronas e assentos de cadeiras. Por fim, o couro também tem lugar garantido como integrante da decoração.

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