No ano passado, os Estados Unidos se tornaram o maior importador de móveis brasileiros. Isso aumentou os planos de empresas em entrar nesse competitivo mercado. Um dos desafios é atender às expectativas desses consumidores. Grupos do ramo moveleiro já alcançaram esse objetivo.
Exportar móveis: como atender o mercado?
Mas afinal, o que querem os norte-americanos quando o assunto é ‘móveis’? Por ser um país territorialmente extenso, a repostas podem não vir tão facilmente; exceto quando falamos do material favorito deles: madeira.
O material segue líder no interesse dos norte-americanos, porém há um crescente interesse na combinação de madeira com mármore e metais, como cobre e bronze, quando o assunto são móveis de luxo. E quando o tema é a cor mais buscada, atualmente a moda são tonalidades calmas e alegres de azuis, verdes e tons de rosa.
A preferência vai depender, obviamente, do consumidor. Enquanto a geração “millennial” (pessoas nascidas até 1990) quer itens de qualidade, produzidos com material sustentável e natural à preço acessível, os chamados “baby boomers” (nascidos entre 1940 e 1960) pagam mais por móveis modernos e contemporâneos.
Tendências e demandas do mercado internacional
Em comum, esses dois públicos tão diferentes estão morando em locais menores em que a funcionalidade de móveis e objetos decorativos é fundamental. Isso mostra que items sem uma função específica serão deixados de lado ou trocados por aqueles que sirvam para algum propósito. Um exemplo são cadeiras ou luminárias que tenham aspecto artístico, além de seus empregos normais.
A tendência foi percebida no plano de negócios contratado pelo Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário) de Porto Alegre, (RS), para entender melhor como designers brasileiros de móveis podem entrar naquele mercado.
Um modelo de multifuncionalidade são as mesas de apoio que além de decorativas, podem servir de apoio para laptops, algo interessante para os chamados ‘consumidores conscientes’.
Para o Sindmoveis de Bento Gonçalves (RS), a desvalorização do real frente ao dólar foi um grande incentivo para indústria moveleira nacional, que tem potencial de tornar seus produtos mais competitivos e aumentar a rentabilidade das exportações. A região é um dos principais polos produtivos de móveis no Rio Grande do Sul, estado que liderava o ranking de exportadores brasileiros em 2014, último ano analisado pela IEMI Inteligência de Mercado, Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e ApexBrasil para a elaboração do Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil, publicado no ano seguinte.
Entretanto, naquele ano o Brasil teve uma participação relativamente tímida no mercado dos Estados Unidos: 0,3%. Sendo o décimo oitavo colocado no ranking de exportadores de móveis para eles. Momento em que o país investiu US$ 80 bilhões, mais de 17% do consumo mundial. E para atender a demanda daquele ano, eles aumentaram o número de importações, atingindo US$ 41,7 milhões, uma alta de aproximadamente 9% sobre 2013.