Iniciativas para o reaproveitamento de materiais ganham cada vez mais força no mercado moveleiro. Pedaços de chapas de MDF, MDP e HDF, por exemplo, já são reutilizadas pelas marcenarias. Assim, elas se mantêm alinhadas com políticas sustentáveis. Ou seja, ganham ainda mais valor na percepção do público.
Um estudo da J. Walter Thompson Intelligence, empresa que realiza pesquisas e aponta tendências, demonstrou que consumidores têm optado por marcas que sejam pró-sustentabilidade. O reaproveitamento de materiais, das mais diversas formas, se enquadra nisso.
Reaproveitamento de materiais: o que criar?
Na prática, o reaproveitamento dos materiais pode gerar a produção de peças diversas. É possível criar nichos, painéis, mesas de centro, aparadores, prateleiras, criados-mudo, molduras, etc. O limite é a criatividade do marceneiro.
“Com as pequenas sobras, dá para criar artigos de decoração artesanais, como porta-chaves, quadros, caixinhas, porta-controles, descansos de panelas, sousplats, entre tantas outras possibilidades. Agregadas com outras técnicas de artesanato, é possível gerar produtos exclusivos, diferenciados e ‘amigos’ da natureza”, comenta Sidneia Teixeira proprietária d’A Marcenaria, de Farroupilha (RS).
De acordo com a especialista, o reaproveitamento de materiais na marcenaria é amplo. “Afinal, todo material utilizado na fabricação de móveis pode ser reaproveitado. Madeiras, MDF, fórmicas, compensados, ferragens e, inclusive, tintas e fitas de acabamento, etc.”, ressalta.
Motivos para reaproveitar os materiais
Quando se trata de reaproveitar materiais, o saldo tende a ser mais positivo do que negativo. “Acreditamos que todo e qualquer reaproveitamento seja vantajoso, independente do grau de dificuldade”, aponta Sidneia. “Presentear o cliente com algum produto feito do material que ele adquiriu para o móvel, por exemplo, é garantir o retorno dele para novos projetos”, completa.
Para ela, esse aproveitamenta também gera um impacto direto na renda. Ou seja, pode ser uma ótima opção em períodos de crise. “Em períodos de queda nos volumes de projetos, a nova renda gerada por essa prática pode garantir a sustentabilidade do negócio”, reforça.
Além disso, a maior de todas as vantagens é a diminuição de lixo e de queima de materiais. “Sem contar que, para o marceneiro que trabalha apenas com projetos de outrem, fazer artigos com as sobras é uma excelente forma de exercitar sua criatividade, de aprender novas técnicas e colocá-las em prática. Ou seja, saber que não existe um ‘jogar lixo lá fora’ e que o ‘fora’ é dentro de nossa única casa (nosso planeta) deveria ser uma premissa para qualquer marceneiro”, finaliza Sidneia.
E você, procura reaproveitar os materiais utilizados na marcenaria? Compartilhe a sua experiência conosco no campo de comentários abaixo e até a próxima!