ESG é uma sigla em inglês que significa environmental, social and governance e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo surgiu em 2004, como parte da iniciativa “Who Cares Wins” do Pacto Global da ONU, ganhando ainda mais força com os Princípios para o Investimento Responsável, lançados em 2006.
Esse conceito tem feito cada vez mais parte da agenda estratégica de companhias de diferentes setores como base para a tomada de decisões financeiras e de investimentos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Bloomberg, desde 2014 houve um aumento de 68% em investimentos para empresas que praticam ESG. Além disso, esse termo deve atrair US$53 trilhões em investimentos em 2025.
“As práticas ESG não podem ser encaradas apenas por meio de bons discursos ou iniciativas superficiais, mas, sim, com compromisso real, incorporando ações em todas as etapas do processo de produção das empresas”, comenta Eduarda Tolentino, CEO da BRZ Empreendimentos. “Trata-se de um investimento no futuro, tanto em termos de reputação quanto de eficiência operacional. Somente por meio de uma colaboração efetiva e de visão compartilhada do futuro podemos enfrentar os desafios ambientais que se colocam à nossa frente”. Ainda segundo ela, não é possível falar sobre futuro sem se atentar ao ESG.
O “S” do ESG
O “S” de ESG refere-se ao aspecto social das práticas empresariais, que envolve a consideração dos impactos das atividades da empresa nas pessoas e na sociedade. Isso inclui questões como direitos humanos, condições de trabalho, segurança do trabalho, diversidade e inclusão, relações com a comunidade e outros aspectos que afetam diretamente o bem-estar das pessoas e das comunidades.
“Para tornar uma empresa mais responsável socialmente é fundamental implementar uma série de iniciativas e práticas que promovam o bem-estar das comunidades, dos colaboradores e do meio ambiente”, pontua Eduarda.
Segundo ela, para uma empresa cumprir com o “S” do ESG ela deve adotar políticas inclusivas, promover a diversidade e investir em programas de desenvolvimento comunitário. “Além disso, é importante que a companhia mantenha um diálogo aberto e transparente com seus stakeholders, envolvendo-se em ações de responsabilidade social corporativa (RSC) e alinhando suas operações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, continua a CEO.
Práticas de responsabilidade social
De acordo com Eduarda para uma empresa se tornar mais responsável socialmente é preciso adotar várias práticas, tais como:
- Implementar políticas de diversidade e inclusão para garantir um ambiente de trabalho justo e igualitário;
- Investir em programas de capacitação e educação para funcionários e comunidades locais;
- Apoiar projetos sociais e culturais que beneficiem as comunidades onde a empresa opera;
- Promover práticas sustentáveis de produção e consumo, minimizando o impacto ambiental;
- Participar de iniciativas de voluntariado corporativo, incentivando os funcionários a se envolverem em atividades comunitárias.
Educação corporativa
Outro ponto importante para empresas que desejam se tornar mais responsáveis socialmente é investir em educação corporativa.
“Para fazer isso é preciso criar programas de treinamento e desenvolvimento contínuo para os colaboradores. O que pode incluir a oferta de cursos online, workshops, programas de mentoria e oportunidades de aprendizado no trabalho”, explica Eduarda. Como exemplo, a CEO cita a BRZ que possui uma universidade corporativa, em que os colaboradores podem se capacitar e os principais líderes das áreas têm a oportunidade de transmitir seu conhecimento através de aulas online.
A importância da responsabilidade social
Com o termo ESG se tornando cada vez mais forte no mundo corporativo, o sucesso das empresas passou a estar diretamente ligado ao compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis. Além disso, de acordo com Eduarda, são diversas as vantagens de adotar práticas de responsabilidade social, tais como:
Reputação e imagem: empresas que demonstram preocupação com a sociedade e adotam práticas solidárias tendem a construir uma imagem positiva e uma boa reputação. Isso pode atrair clientes, investidores e talentos que valorizam responsabilidade social;
Fidelização de clientes: consumidores estão cada vez mais conscientes e preferem marcas que se alinham com seus valores e preocupações sociais. Ou seja, empresas socialmente responsáveis tendem a fidelizar mais clientes;
Atratividade para investidores: investidores estão mais interessados em empresas que seguem princípios ESG (Environmental, Social, and Governance), pois acreditam que essas empresas estão mais preparadas para enfrentar riscos e aproveitar oportunidades de longo prazo;
Engajamento e retenção de talentos: colaboradores, especialmente os das gerações mais jovens, valorizam trabalhar em empresas que têm um propósito além do lucro. Isso pode aumentar o engajamento, a motivação e a retenção de talentos;
Conformidade regulatória e redução de riscos: cumprir normas sociais e trabalhistas não só evita penalidades e processos judiciais, mas também reduz riscos de reputação e operacionais;
Inovação e crescimento: a preocupação com questões sociais pode levar à inovação, à medida que a empresa busca soluções para problemas sociais. Isso pode abrir novos mercados e oportunidades de crescimento;
Cultura organizacional: a adoção de práticas solidárias pode fortalecer a cultura organizacional, promovendo valores de empatia, cooperação e responsabilidade, o que pode ser benéfico para o clima e a coesão interna.
“Todos estes fatores mostram que a solidariedade e a preocupação com a sociedade não são apenas uma questão ética, mas também uma estratégia inteligente e sustentável para o sucesso empresarial”, finaliza Eduarda.
Aproveite e se aprofunde com as dicas para implementar ESG em sua empresa.