Você já ouviu falar em gestão de inovação? Cada vez mais popular no âmbito industrial, essa prática vai além do desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços, abrangendo, também, a criação de novos modelos de negócios, novas formas de atender às necessidades dos clientes, novos processos organizacionais, assim como novas formas de cooperar em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo.

No Ranking Global de Inovação elaborado pela A.T. Kearney, o Brasil aparece apenas na 69ª colocação, entre 128 participantes. E, em uma escala que vai de 0 a 100, a nota obtida pelo País em inovação foi de 33,2. Ou seja, há bastante espaço para empresas que queiram sair na frente nesse quesito, incluindo, é claro, as indústrias de móveis.

De acordo com Flávia Mota, engenheira de produção com mestrado em gestão empresarial pela Universidade Federal de São Carlos/SP, a indústria moveleira atende a um mercado passível de diversas segmentações, uma vez que os móveis podem ser fabricados a partir de diferentes materiais (madeira maciça, painéis de madeira reconstituída, fibras naturais, metal ou plástico) e atendem às necessidades de clientes dos mais variados níveis de renda.

“Até mesmo os móveis residenciais podem ser segmentados por faixa etária (infantil, juvenil ou adulto) e para tipos de ambientes diferentes (dormitório, sala de estar, sala de jantar, banheiro, cozinha, área de serviço, jardim). Por isso, a gestão da inovação possibilita diversas possibilidades de especialização para as empresas desse ramo, tanto em segmentos de produtos quanto de mercados, inclusive em nichos inexplorados ou menos competitivos”, analisa.

Vale considerar, no entanto, que empresas de diversos tamanhos convivem no setor industrial moveleiro, aplicando diferentes tecnologias e organizando sua cadeia produtiva de forma distinta – ou seja, existem empresas de grande porte que utilizam tecnologia avançada e pequenas organizações que usam intensivamente a mão de obra convencional e prestam serviços para grandes marcas nacionais e importadas.

Mas, independentemente disso, a gestão da inovação deve ser dividida por áreas específicas dentro do organograma da empresa e conduzida por um líder descentralizador, capaz de garantir que todos os colaboradores contribuam com a mudança de curso da empresa, de modo a evitar qualquer tipo de desconfiança.

Confira, a seguir, outras dicas de como desenvolver a gestão da inovação nas empresas do setor moveleiro:

Desenvolva a cultura de inovação

A inovação só acontece em lugares que dão aos seus profissionais a liberdade de trabalhar com novas ideias. Por isso, é necessário que a sua empresa esteja disposta a investir nesse sentido para obter retorno (mesmo que, muitas vezes, ele seja incerto) e conte, evidentemente, com profissionais intraempreendedores (ou seja, empreendedores que atuem dentro dos limites da própria organização) em todos os setores.

Grandes oportunidades

A indústria moveleira pode investir em inovação de diferentes formas: inovar no design dos produtos e no material utilizado para a confecção dos móveis, além de procurar novas possibilidades de atuação na área de marketing e também em relação à estrutura organizacional.

Vale a pena lembrar que a gestão da inovação nas empresas desse segmento não surge no departamento de marketing com meia dúzia de pessoas. O “pensar fora da caixa” deve ser incentivado por todos, desde o funcionário do chão de fábrica até a equipe do pós-venda.

De início, o tema pode parecer complexo, mas não é impossível. A implantação de uma cultura e da gestão da inovação pode ser feita por diferentes métodos.  Treinamentos e cursos que incentivem a criatividade são alternativas para que a gestão da inovação comece a ser implantada na empresa, embora seja preciso estimular sempre a conversa e a troca de informações entre os colaboradores de todos os setores.

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