Entre os muitos pontos desafiadores que se intensificaram durante a pandemia, já se mostrando uma questão-chave para o futuro da indústria e do setor moveleiro, está a logística.
Viemos de uma época em que a distribuição dos produtos estava alinhada à demanda maior que a oferta. Naquele cenário, ainda prevalecia uma lógica de pouca variedade de oferta em praticamente tudo. Fazendo lembrar o modelo “Ford de produção” no início daquela indústria automobilística: “Você pode comprar qualquer cor de carro, desde que seja preta”.
Nos últimos 15 meses, no entanto, com o “fique em casa”, bem como com a ampliação da oferta e da diversificação de produtos, as empresas passaram a lidar com a “urgência” do consumidor de forma mais contundente, imprimindo uma ansiedade ainda maior quanto à agilidade da entrega. Isso se fez sentir por todo o setor moveleiro, tanto na indústria seriada como nas marcenarias e mesmo na indústria fornecedora.
O grande varejo, contudo, foi ágil na adaptação. Vimos alguns expoentes deste segmento prometendo entregar (e entregando!) o produto na casa do cliente no mesmo dia. O que, se de um lado demonstra evolução no setor. De outro, aumentou ainda mais a pressão sobre a indústria para entregas mais rápidas, comprometidas não pela capacidade dos fabricantes, mas sim pela escassez de matéria-prima, ocasionada pela forte freada no início da pandemia e o super aquecimento do consumo nos meses seguintes
Mudança de comportamento do consumidor e a urgência pela entrega
O que se nota neste período é uma mudança de expectativas e de postura do consumidor. Este, cada vez mais bem informado e exigente, tem também um timing diferente de tolerância. Nos móveis, isso leva a uma reflexão necessária sobre como lidar com este cenário a partir de agora. Especialmente porque o desabastecimento de matérias-primas não indica mudança a favor do bom abastecimento, pelo menos não no curto prazo. Ainda mais se considerarmos materiais que sofrem pressão de demanda e custos internacionais, como é o caso do aço, ou de produtos que sofrem influência de câmbio e custo do petróleo.
Para deixar o cenário ainda mais confuso, temos a forte e crescente demanda internacional influenciada pelo aumento da produção mundial na maioria dos itens de consumo. A logística, portanto, deverá ter papel de influência determinante nos próximos anos nas estratégias e definições de modelo de negócio. Será necessário que toda a cadeia (do varejo, marcenarias, revendas ao fornecedor da indústria) se una em torno de uma melhoria sistêmica sobre processos para eliminar ou diminuir os impactos negativos causados pela entrega demorada (no conceito do cliente).
A necessidade de estoque, por mais que o custo do mesmo seja elevado, será fator competitivo para toda a cadeia. Automatização ainda maior de processos, permitindo a produção de maior volume em menor tempo (ou administração de pedidos, como é o caso do varejo) será também uma realidade crescente.
E, para concluir, uma política de comunicação e fidelização com seu cliente direto será, mais que necessário, fundamental, tanto para “monitorar” expectativas como para antecipar tendências e necessidades.
Plataforma Setor Moveleiro
E você? Como está sua empresa em relação ao planejamento e estratégia de sobrevivência no mercado neste novo cenário que indica um mundo em constante transição no presente e futuro?
Nós, da Plataforma Setor Moveleiro, temos o núcleo de nossa atividade na transmissão de conteúdo relevante para tomada de decisões. Sendo nosso papel, portanto, o de gerar e oportunizar reflexões cada vez mais necessárias e ao mesmo tempo deixadas tão em segundo ou terceiro plano nas prioridades do empresariado moveleiro. Conheça nossos conteúdos e proposições em www.setormoveleiro.com.br.