A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto aos seus principais públicos de interesse, prevê investimentos de R$ 14 bilhões entre 2017 e 2020 pelas empresas dos segmentos de celulose, papel e painéis de madeira. Os investimentos serão em ampliação de capacidade, modernização das linhas de produção, manejo florestal, pesquisa e desenvolvimento e mecanização da silvicultura.

Segundo Elizabeth Carvalhaes, presidente da Ibá, o setor é muito intensivo em capital de pesquisa e desenvolvimento, buscando novos processos cada vez mais eficientes e com menor impacto ao meio ambiente, e na busca de novos produtos dentro da economia de baixo carbono. “Dentro desse desafio de desenvolver soluções alternativas ao uso de recursos fósseis e finitos, o setor vem investindo amplamente em inovação e tecnologia, com pesquisas em produtos e desenvolvimento, como biotecnologia e nanotecnologia”, explica.

A participação do setor de árvores plantadas no PIB brasileiro tem crescido a cada ano e, em 2017, a receita bruta somou R$ 71,1 bilhões, o que representa 6,2% do PIB Industrial. São 3,7 milhões de empregos diretos, indiretos e resultante do efeito renda.  Além disso, o setor brasileiro de árvores plantadas foi responsável pela geração de R$11,4 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais em 2016, o que corresponde a 0,9% da arrecadação nacional. Considerando apenas as exportações, a participação do setor de árvores plantadas no agronegócio chegou a 8,9% no ano passado.

Comemorando quatro anos, a associação representa 53 empresas e nove entidades de produtos originários do cultivo de árvores plantadas, com destaque para painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores financeiros. Apenas neste período, as empresas associadas investiram mais de R$ 29 bilhões, inaugurando praticamente uma unidade por ano.

Com o objetivo de valorizar os produtos originários dos cultivos de pinus e eucalipto e demais espécies plantadas para fins industriais, a Ibá atua em defesa dos interesses do setor junto a autoridades e órgãos governamentais, entidades da cadeia produtiva de árvores plantadas e importantes setores da economia, organizações socioambientais, universidades, escolas, consumidores e imprensa – tanto nacional como internacionalmente.  A Ibá possui diversas frentes de trabalho com o governo brasileiro, atuando de forma ativa em pautas de interesse do setor no que tange a impostos, indústria, fabricação, certificação, comércio internacional, etc.

Tendo como uma das suas missões incrementar a competitividade do setor e alinhar as empresas associadas no mais elevado patamar de ciência, tecnologia e responsabilidade socioambiental ao longo de toda a cadeia produtiva, a Ibá busca por soluções inovadoras para o mercado brasileiro e global. Por isso, vem desenvolvendo parcerias com institutos de pesquisa e universidades que promovem a troca de informações e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas ao manejo florestal, melhoramento genético, manejo integrado de pragas, entre outras práticas. Essas parcerias ajudam na evolução da silvicultura brasileira, colocando-a no mais alto patamar de produtividade florestal no mundo.

Mundialmente além do trabalho em parceria com associadas e órgãos de comércio exterior para ampliar o mercado consumidor, a entidade atua ativamente na articulação de três grandes temáticas de mudança do clima: i) precificação de carbono ii) melhorias nos relatos internos e externos sobre as emissões e as remoções de gases de efeito estufa iii) interface com os marcos regulatórios sob o tema, em nível nacional e internacional.

O setor brasileiro de florestas plantadas é o mais sustentável do mundo, destacando-se como o país que mais protege as áreas naturais, uma vez que para cada hectare plantado com árvores para fins industriais, outro 0,7 hectare é preservado. O setor também gera, protege e mantém outros 5,6 milhões de hectares de reservas em extensões naturais por meio de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) que retém outros 2,48 bilhões de toneladas de CO2eq.   As indústrias de árvores plantadas ainda recuperam áreas degradadas previamente pela ação do homem e contribuem para preservar a biodiversidade (fauna e flora), por meio de técnicas como o plantio em mosaicos, no qual árvores para fins produtivos se intercalam com as nativas, criando corredores ecológicos.  Em 2017, o setor recuperou cerca de 50 mil hectares de áreas degradadas, com vegetação natural, buscando restaurar a biodiversidade local.

O setor também tem fundamentos fortes de atuação socioambientais com programas que envolvem 1,8 milhão de pessoas e investimentos de R$ 306 milhões. O destaque fica com as parcerias com os pequenos produtores, ou fomentados, que são os donos de pequenas propriedades com plantação de eucaliptos, pinus ou outro tipo de árvore usada pelo setor, e que recebem treinamento das empresas tanto sobre manejo quanto sobre regularização de terras, além de receberem mudas e assistência técnica. No total, 20 mil pessoas foram beneficiadas por programas de fomento em 2016, sendo o fomento florestal o principal instrumento estratégico do setor de árvores plantadas para promoção do desenvolvimento das regiões em que atua.

 

*Fonte: Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) – Assessoria de Imprensa