Um dos principais ambientes da casa é a cozinha. Pensando nisso, na hora de desenvolver um projeto é preciso considerar muito mais do que o design desse espaço, se atentando a sua funcionalidade.

Além disso, com a popularidade desses ambientes em alta, passaram a surgir diversas possibilidades de montagem e uma variedade de layouts considerados tendências.

Layout de cozinha: como definir?

“Para começar, é preciso entender que layouts consistem em uma planta que posiciona e dimensiona todos os elementos da cozinha, visando maior funcionalidade e atendendo o programa de necessidades solicitado”, explica a arquiteta Larissa Reis.

Para ela, escolher o melhor layout para cada projeto é uma tarefa bastante desafiadora e que requer a identificação de vários fatores.

“Se faz necessário entender as necessidades e o estilo dos usuários, além de quais são os determinantes do local (estrutura, aberturas, fechamentos, elétrica, hidráulica, gás). Tudo isto, ainda considerando as regras de ergonomia, funcionalidade, NBR’s, resistência dos materiais e, ainda diria, compreender como funciona uma cozinha real, no cotidiano (claro que isso pode variar um pouco, de família para família).”

 Ainda de acordo com ela, a melhor maneira de definir o formato ideal para a cozinha de um projeto é seguindo o programa de necessidades do cliente, que corresponde às respostas de algumas perguntas básicas que devem ser feitas na hora do briefing, tais como:

  • Gostam de cozinhar e quem cozinha?
  • Quantas pessoas tem a família e quantas pessoas usarão a cozinha simultaneamente?
  • Quer ter muitos armários ou uma quantidade resumida já te atende?
  • Quais são os eletrodomésticos? (listar e definir modelo e marca).
  • Tem muitos eletroportáteis?
  • Tem algum item de desejo?
  • Tem solicitações especiais para quantidade e modelo de cubas, torneiras, lixeiras (dentre outros)?

“A partir dessas respostas, é possível elaborar propostas funcionais para a cozinha de cada família”, enfatiza Larissa.

Tipos de layout para cozinha

A arquiteta também destaca que atualmente há seis principais tipos de layout para cozinhas, sendo eles:

  • linear;
  • corredor;
  • em “L”;
  • em “U”;
  • com ilha; ou
  • com península.

O mais importante na hora de escolher o melhor formato é montar uma composição funcional entre os 3 principais elementos da cozinha: pia, fogão e geladeira”, reitera Larissa.

“A mais funcional e famosa composição é conhecida como triângulo da funcionalidade, onde uma pessoa faz trajeto triangular dentro do ambiente: da geladeira para a pia, para o fogão e para a geladeira novamente”, acrescenta a especialista, enfatizando que, neste aspecto, cozinhas com um layout linear ficam em desvantagem por não possibilitar este triangulamento.

Também de acordo com Larissa, há quatro setores que não podem faltar em uma cozinha: a área molhada/de limpeza (pia), a área de corte e preparo ( seca), área de cocção (fogão, forno e bancada de apoio) e a área de armazenamento, que pode ser dividida em duas categorias (armazenamento de alimentos e de utensílios).

“Desde que não se coloque o fogão perto da geladeira, existe uma infinidade de formas de conquistar o triângulo da funcionalidade”, reitera a arquiteta. “Temos visto as cozinhas mudarem sua setorização padrão, desde que começamos a usar torres de armários, que particularmente adoro. Dependendo do espaço físico, estas torres podem ser imensas, fechando toda uma parede e comportando as torres quentes e frias”, continua Larissa, destacando que dentre tantas possibilidades é preciso lembrar que cada cliente e cada espaço necessita de uma solução personalizada.

Por fim, em relação ao espaço de circulação ideal que deve ter em uma cozinha, a arquiteta pontua que é necessário no mínimo 120 centímetros. “Essa é uma circulação que não sentimos que sobra e nem que falta espaço”.

“Mas, em alguns projetos e alguns setores da cozinha, o ideal é sentido diferente, variando de 90 a 150 centímetros. E, através dos estudos de ergonomia e harmonia (de cores, materiais, texturas, alturas, entre outros) é possível que 90 centímetros pareçam bem maiores e 150 centímetros bem menores.”

“A funcionalidade é o ideal que deve ser almejado”, finaliza Larissa.

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