Algumas inovações podem soar estranhas ao consumidor no começo, mas, com o tempo, ganham popularidade e se tornam oportunidades de negócios vantajosas.

Esse é o caso do colchão na caixa, produto que tem chamado a atenção dos consumidores e, por consequência, dos varejistas.

Um levantamento feito pela ForMóbile destaca a importância do mercado colchoeiro brasileiro: “O Brasil é uma potência no que diz respeito ao mercado de colchões. Atualmente, está entre os seis maiores produtores do mundo, próximo de líderes como China, Estados Unidos e Canadá. No que diz respeito ao consumo, o país ocupa o terceiro lugar no ranking mundial”, informa o Panorama Nacional do Mercado de Colchões.

Para se destacar, o mercado colchoeiro sempre investiu pesado em tecnologia e os colchões em caixa parecem ser o avanço tecnológico mais popular dos últimos anos.

Marca investe pesado em marketing e se destaca no mercado nacional

Fundada em 2015, na Alemanha, a Emma Colchões se tornou uma das marcas mais famosas do mundo quando o assunto é colchão na caixa. Atualmente, a empresa está em 33 países. Ela chegou ao Brasil em 2019.

Desde então, tem investido pesado em estratégias de publicidade, principalmente na TV por assinatura e nas redes sociais, com influenciadores. A marca investe no chamado D2C, vendendo diretamente para o consumidor.

“O público brasileiro já responde por boa parte de nossas vendas fora da Europa e rapidamente aderiu à ideia dos colchões in box, produto que marcou nossa entrada aqui. Percebemos uma demanda por outros produtos que pudessem complementar a experiência do público com o sono”, analisa Caio Abibe, Country Manager da Emma Colchões no Brasil.

Contudo, ao divulgar a tecnologia, a marca acaba ajudando a torná-la mais popular, fazendo com que os consumidores questionem os vendedores das lojas físicas sobre as características de um colchão na caixa.

No mercado brasileiro, gigantes nacionais, como a Castor, lançaram suas linhas de colchões na caixa. A marca brasileira recorreu à tecnologia suíça POCKET® SYSTEM.

Os benefícios do colchão na caixa para o consumidor

A Emma destaca os ganhos que o seu produto Emma One traria à postura do cliente no momento do sono.

“Coluna alinhada, conforto na região lombar e sustentação adequada dos quadris são a combinação ideal para um sono reparador. Com essa novidade e os demais produtos do portfólio da marca, a Emma aumenta ainda mais o seu alcance no país, mirando novos públicos”, informa a marca em comunicado.

O levantamento da ForMóbile destaca que a indústria colchoeira brasileira sempre investiu pesado em tecnologia, com o objetivo de surpreender o público.

“Realizamos um estudo no nosso Centro de Pesquisa do Sono, na Espanha, e constatamos o interesse das pessoas pelos colchões funcionais. Nesse campo, oferecemos colchões bactericidas, antiácaro, com propriedades termorreguladoras e até mesmo com ação levemente terapêutica”, salienta Ayub, diretor geral da Flex do Brasil.

Vantagens logísticas para os revendedores

Os colchões na caixa facilitam a venda direta ao consumidor, uma vez que é mais fácil armazená-los e transportá-los do que os colchões de espumas e molas.

Também é de olho nessa praticidade que muitas outras marcas têm investido na tecnologia, ainda que o foco seja o revendedor. Armazenar milhares de colchões na caixa e transportar centenas deles é muito mais simples do que quando comparamos com o modelo tradicional.

A facilidade logística é tão grande que algumas marcas, como a Zissou, afirmam que conseguem entregar um colchão na caixa para o cliente da Grande São Paulo em até 60 minutos após a compra.

“No processo de entrega e instalação de um colchão tradicional, é necessário agendar o recebimento da mercadoria com uma transportadora, aguardar a chegada do produto e, dependendo das configurações de residência do consumidor, içar o colchão até o quarto, utilizando sacadas, janelas ou demais aberturas externas. Tudo isso custa e impacta no valor final”, afirma Andreas Burmeister, um dos idealizadores da empresa.

O uso de colchões na caixa ainda pode facilitar desafios cotidianos do consumidor, como transportar o produto em um elevador, o que pode tornar mais simples a vida dos decoradores de interiores.

Como um colchão pode caber em uma caixa?

Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, um colchão na caixa não é inferior ao colchão de mola. Há quem pense que esses produtos são como os colchões de ar e isso não é verdade.

O fato é que o colchão na caixa é comprimido para caber dentro da embalagem. Os fabricantes retiram o ar das embalagens usando processos de vácuo, além de comprimirem os produtos por meio de força mecânica. São toneladas sobre os colchões, com o objetivo de fazer com que caibam nas caixas.

Toda essa força não pode danificar o produto. Por isso, as tecnologias envolvidas nos processos de produção garantem que o colchão suporte a compressão e mantenha sua capacidade de expansão ao chegar na residência do cliente.

O mercado de colchão na caixa está em expansão no Brasil, mas não sabemos se essa tecnologia se tornará o novo padrão de consumo no país.

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