A venda de móveis ultrapassou as barreiras do físico e ganhou os espaços virtuais há tempos. No entanto, uma alternativa que vem se mostrando cada vez mais viável ao mercado moveleiro são os marketplaces.
Por meio dessas plataformas de e-commerce é possível alcançar um público amplo e aumentar as vendas.
Lucas Lucavei, Fundador da e-Nichos, explica que os marketplaces são grandes shoppings digitais, com fluxo considerável de pessoas. Logo, os produtos ficam expostos nas “vitrines” e os vendedores são beneficiados pela grande visitação.
Com relação a uma loja virtual de móveis, por exemplo, ele afirma que os marketplaces têm vantagem porque, além do público ser maior, ainda oferecem custos menores.
Lojas virtuais versus marketplaces: o que importa para o vendedor de móveis?
“Lojas virtuais têm muitos custos, além disso, temos que pagar para diversas plataformas, entre elas YouTube e Facebook, se quisermos ter nossos produtos divulgados ao público”. Outros custos envolvem, além das plataformas, tráfego pago, antecipação e ferramentas antifraude.
Outro ponto importante, segundo Lucas, é que nos marketplaces o vendedor de móveis paga apenas quando a venda acontecer, ao passo em que nas lojas virtuais o investimento deve ser feito antes de tudo.
“Além disso, a comissão dos marketplaces, hoje em dia, se aproxima da loja virtual própria.”
Principais características dos marketplaces
A ideia de vender móveis em marketplace coloca o empresário num ambiente, cuja diversidade de produtos e categorias é imensa, de modo que uma pesquisa pode levar a outra, garantindo vendas “por tabela”.
Tem também o fato de que essas plataformas oferecem intermediação de pagamento, comissão sobre as vendas, conforme citado, controle do estoque e, muitas vezes, da logística, além de avaliações e feedbacks.
Como funciona a logística da venda de móveis nos marketplaces?
Existem três categorias de marketplaces com relação à logística. Cada uma com suas vantagens específicas para o vendedor de móveis.
Primeiro grupo
Conforme explica Lucas, os marketplaces maiores, como Mercado Livre, Shopee e Amazon, possuem logística própria, sendo mais fácil do vendedor dar o primeiro passo. Isso, uma vez que as respectivas empresas se responsabilizam pela entrega.
“No entanto, a mesma facilidade acontece para o concorrente, portanto, pode ser que ele faça a primeira venda antes”. Ou seja, é preciso considerar diversas variáveis e ponderar as possibilidades e objetivos.
Segundo grupo
O segundo grupo de marketplaces compreende nomes como MadeiraMadeira, Magazine Luiza e Americanas. Estes possuem sistema de logística, no entanto, o vendedor pode escolher pela entrega própria.
“Muitas vezes, os vendedores usam logística própria por não confiarem na eficiência dos marketplaces.”
Terceiro grupo
Já o terceiro grupo de marketplaces para vender móveis compreende Leroy Merlin, Extra, Camicado, Casas Bahia, etc. Por sua vez, essas empresas não têm nenhum sistema de logística. De acordo com o fundador da e-Nichos, o vendedor deve, obrigatoriamente, cadastrar uma transportadora na plataforma.
O diferencial, no entanto, está na baixa concorrência. “Geralmente, a primeira venda de móveis acontece aqui, porque a concorrência é menor, uma vez que é mais difícil de entrar. As vendas são mais rápidas nos canais menores e com menos vantagens para trabalhar”, alerta.
Como anunciar móveis nos marketplaces?
Os anúncios são fundamentais para melhorar as vendas nos marketplaces. Porém, algumas diretrizes devem ser seguidas: “o produto deve aparecer, o cliente tem que clicar e comprar”.
Segundo Lucas, para o produto aparecer é importante selecionar palavras-chave – aquelas que o consumidor utiliza para pesquisar o que procura. A propósito, o especialista destaca que é importante, inclusive, considerar palavras com erros de português, pois é assim que os produtos são pesquisados muitas vezes.
“Para se ter uma ideia, a palavra-chave mais pesquisada no Mercado Livre tempos atrás foi ‘brusa’, e a plataforma entregou ‘blusas’ sem problema. O maior volume de compras na Internet é das classes C e D, e muitos têm dificuldades de escrita. É preciso aproveitar todas as oportunidades.”
Depois do anúncio pronto, é fundamental conseguir que o cliente clique nele. E o que importa aqui é a imagem destacada, sua atratividade. A foto deve ser excepcional, apresentando o móvel da melhor maneira. “Caso contrário, o cliente não clica”.
Depois, para fazer o cliente comprar, é preciso convencê-lo de que o produto é o melhor. As imagens fazem este trabalho, mas para a decisão final do consumidor, é importante oferecer o máximo de informações possíveis. Entre elas, detalhes do móvel, especificações, principais dúvidas e até mesmo a garantia.
“É preciso falar sem medo sobre a garantia, pois o benefício será maior do que se pensa”, conclui Lucas.
Assista à palestra completa no canal da Cortecloud.
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