De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2022 o e-commerce no Brasil teve um faturamento de R$ 169.59 bilhões, cerca de R$18 bilhões a mais em relação a 2021.
E o crescimento deste canal de vendas no país não parou por aí, só no primeiro semestre de 2023 o setor alcançou a marca de R$ 80,4 bilhões de faturamento e a expectativa é que até o final do ano esse número chegue a R$ 185,7 bilhões.
Com o e-commerce mostrando cada vez mais sua força, as pequenas e médias empresas passam a se perguntar qual o melhor caminho a seguir para ingressar no universo das vendas online. Afinal, investir em um e-commerce próprio ou vender em um grande marketplace, qual a melhor opção?
E-commerce ou Marketplace?
A resposta para essa pergunta pode ter muitas variáveis, dependendo do cenário de cada empresa. Segundo André Bianco, proprietário do Wet & Wood, um estúdio de confecção de móveis, os dois caminhos podem ser seguidos e trazer bons retornos, inclusive, ambas opções podem ser somadas. Como é no caso dele que além de ter seu site próprio, também vende em um grande marketplace.
No entanto, é preciso saber aplicar as estratégias corretas na hora de vender em diferentes canais.
“As vantagens de ter um e-commerce próprio é você dominar sua plataforma, fazer suas próprias campanhas de marketing e montar o layout como quiser”, enfatiza André. “Além disso, você não tem concorrência dentro do seu próprio site, sendo que em um marketplace você tem uma grande concorrência.
“Outro detalhe é que tendo um site próprio você consegue captar mais informações sobre o seu público-alvo e essa é uma grande vantagem porque você pode trabalhar essas informações entendendo como você atrai esse nicho”, elucida André.
Ainda segundo ele, apesar de todas essas vantagens, ter um site próprio também traz algumas dificuldades.
“A desvantagem de investir em um canal de vendas online exclusivo para sua empresa é a dedicação que você terá que ter. Afinal, será preciso se dedicar quase como você se dedica a uma loja física. Ou seja, você vai ter muito mais trabalho do que teria vendendo em um grande marketplace”, acrescenta o empresário.
Além de ser menos trabalhoso, apostar em um canal de vendas conhecido e estruturado também tem outras vantagens. “Você fica mais conhecido, visto que muitas vezes eles tem 10 e até 20 vezes mais visitas do que um site próprio. Então as pessoas vão até lá, te conhecem e depois podem acabar indo para o seu site e fechando vendas com você”.
“Além disso, para quem está começando o melhor caminho é o marketplace porque em um site próprio muitas vezes as pessoas travam por não saber por onde começar e como o marketplace já está estruturado basta você montar sua loja dentro dele”, continua o empresário, acrescentando que, ainda assim, a longo prazo ele acredita que todo mundo deveria ter um site próprio.
Vender móveis online
Já em relação às melhores estratégias para vender online, André acredita que ao optar por um site próprio é preciso estudar muito o funcionamento desse tipo de plataforma.
“Muitas empresas contratam pessoas para fazer gestão de tráfego ou para construir um site sem ter conhecimento de nada relacionado ao mundo digital e acaba não dando certo. Por isso é essencial que você entenda o processo e saiba como atrair clientes para o seu site e que tipo de marketing funciona melhor para aumentar as suas vendas”, aconselha o empresário.
“Agora, no caso de optar pelos grandes marketplaces, é preciso oferecer um preço bom para vencer a concorrência e investir em atrativos através de fotos de qualidade e o máximo de descrição e de detalhes dos produtos possível.”
“A principal dica é: não exite em começar porque quem está começando agora já está atrasado”, enfatiza o empresário.
Por fim, para ele, o segredo para vender online está em oferecer produtos originais, ter um preço acessível, definir bem seu público-alvo e fazer um site próprio em algum momento. “Estar em diversos marketplaces ao mesmo tempo também aumenta suas chances de procura”, finaliza o especialista.
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