Hoje, com o mercado de móveis mais competitivo, as empresas precisam estar atentas e preparadas para desenvolver continuamente novos produtos, sempre procurando o próximo carro-chefe de vendas. No Brasil, país com dimensões continentais, muitas vezes, os materiais, cores e acabamentos que estão na moda em um determinado estado, podem não apresentar o mesmo sucesso em outro. Dessa forma, é muito importante que o empresário renove estratégias, pesquise tendências do setor moveleiro e de outros industriais e, principalmente, conheça os hábitos, a cultura e as necessidades do seu público-alvo.

Para Ricardo S. Schirmer, designer, professor da Escola Panamericana e cofundador do escritório de design Primata Criativo, quando tentamos entender o ofício do design por meio do conceito da simplicidade, passamos a compreender melhor a familiaridade do “outro”, pois, assim, nos colocamos na mente de todos os envolvidos no processo, como cliente, fabricante, montador, consumidor, usuário, beneficiário.

“Um bom design considera, em primeiro lugar, as pessoas. Não adianta ele ser produzido em lâminas de ouro e fibra de carbono, ser feito com a tecnologia mais sensacional já concebida ou desenhado pelo designer mais ‘estético’ do mercado, se ele – o designer – não tiver o ‘olhar’ criativo, prático e familiar para o outro”, afirma Ricardo.

Dessa forma, todas as questões, vistas como complexas, vão ficando mais simples e descomplicadas. Para o designer, isso é explorado como fonte inesgotável de boas propostas e soluções. O escultor romeno Constantin Brancusi resume tudo isso em sua famosa frase “a simplicidade é a complexidade resolvida”.

No artigo de hoje, conheça mais sobre os tipos de projetos em design de produtos na indústria brasileira de móveis e veja como ele pode ajudar sua empresa a obter maior diferencial competitivo. Confira!

Tipos de projetos para o design de produtos da indústria brasileira de móveis

Tradicionalmente, há 4 tipos de projetos para o design de móveis, são eles:

  1. Desenvolvimento de projeto próprio e interno na empresa: modelo bastante comum, porém com o risco em se criar produtos sem um estudo preliminar das necessidades do cliente final, com limitação de matéria-prima.
  2. Consultoria externa internacional: caso em que as empresas da indústria brasileira de móveis buscam assessoria de especialistas internacionais, ou mesmo adquirem e adaptam projetos estrangeiros de sucesso.
  3. Consultoria externa nacional: tipo em que as empresas contratam consultorias externas com expertise em design de produtos para ajudarem no desenvolvimento de uma linha ou coleção própria de imóveis.
  4. Projetos híbridos: quando as empresas unificam várias das tendências do segmento de design de móveis em um produto novo. A inspiração para o projeto pode ter origem em pesquisas na internet, em revistas especializadas, em referências vistas em feiras do segmento e, mesmo, na concorrência.

Em qualquer uma dessas fontes, sempre existe uma adaptação para as realidades tecnológicas da empresa e do mercado em que o negócio está inserido.

De acordo com Christian Ullmann, designer de produto, professor de design e coordenador do Núcleo Exploratório do Istituto Europeo di Design (IED Brasil), cada modelo de desenvolvimento de produto tem suas vantagens e desafios, e o empresário deve entender quando cada um deles é o mais indicado.

“Ter uma equipe interna de design dará autonomia para a empresa desenvolver, modificar ou até mesmo atender projetos especiais durante todo o ano. Ao trabalhar com um escritório de design externo nacional ou internacional, concentra-se no desenvolvimento de uma linha específica de produtos por um período definido, no tempo da consultoria. No internacional fica mais complicado acompanhar o processo de desenvolvimento no dia a dia”, afirma Christian.

Boas estratégias de design para aumentar a competitividade das empresas

Desenvolver um novo produto bem-sucedido é um processo complexo em que há de se considerar todas as variáveis da indústria brasileira de móveis, técnicas de mercado, comportamento do consumidor, fornecedores e até a origem e o descarte dos materiais utilizados. Essas são algumas diretrizes que diferenciam e aumentam a competitividade das empresas desse segmento.

“A estratégia que as empresas precisam entender é que um design perene, forte e objetivo se faz com a ação coletiva, com compartilhamento de conhecimento e trocas de experiências”, defende Ricardo.

Uma equipe de design necessita ser heterogênea, e não mais centralizada na figura de um único profissional. O design precisa trabalhar junto com marketing, comunicação, produção, vendas.

Christian acredita que o mercado exige diferencial. “Cada empresa tem que saber o que faz melhor e, a partir daí, tirar proveito, valorizar e se posicionar melhor no mercado, podendo ser em projetos especiais, parcerias com especificadores, produção artesanal, customização, venda para o consumidor final, terceirização da produção, trabalhar para o mercado local ou focar nas exportações”, defende.

A estratégia depende muito das decisões internas de cada organização, considerando sempre o mercado de atuação e as diretrizes internas do negócio. Quanto mais ágil e profissional for a logística da empresa, mais rapidamente ela se adapta às novas exigências do mercado e garante um diferencial competitivo para se sobressair em meio à concorrência.

O design de produtos na indústria brasileira de móveis é bastante estratégico para o sucesso dos negócios, indo muito além do desenvolvimento de atributos estéticos, e auxiliando na criação de produtos mais eficientes, funcionais e atrativos para o cliente final. Ele ajuda essas indústrias a criarem uma espécie de assinatura em seus produtos, diferenciando-os dos de seus concorrentes e criando diferenciais competitivos para o negócio.

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