De uns tempos pra cá, a madeira de demolição tem se consolidado como uma alternativa às matérias-primas utilizadas para a fabricação de móveis, seja por se adaptar facilmente a ambientes internos e externos, ou por conferir um aspecto mais rústico ou delicado às peças.

Segundo Andreia Leitão, designer de interiores e proprietária do Cantinho Meigo, loja especializada em produção de móveis feitos com madeira de demolição, esse tipo de material vem da demolição de construções antigas, como barracões e paióis. Geralmente, são madeiras nobres, tais como peroba, aroeira, angico, entre outras.

Não à toa, elas precisam receber um tratamento especial antes de seguirem para a produção do mobiliário. O processo inclui limpeza, alinhamento e tratamento contra pragas. Depois da produção da peça, vem o acabamento com cera de carnaúba ou verniz náutico”, explica.

Apesar disso, a madeira de demolição não requer cuidados muitos especiais. Caso ela seja usada numa peça que vai ficar exposta ao tempo (sol e chuva), a recomendação é aplicar, de tempos em tempos, o verniz náutico. Agora, se ela for aplicada em móveis de áreas internas, somente a cera de carnaúba é necessária para manter mantê-la sempre com a aparência de nova”, indica a designer.

Madeira de demolição entre as preferidas de designers e arquitetos

Como dissemos acima, os móveis feitos com madeira de demolição estão cada vez mais sendo requisitados por designers de interiores e arquitetos não só pela sua beleza característica, mas também por sua durabilidade e sustentabilidade. “Trata-se de um material muito versátil, que pode ser usado, inclusive, em revestimentos de parede, pisos e forros”, afirma.

Já em relação às possibilidades de uso desse tipo de madeira nos ambientes, Andreia garante que é muito fácil adaptá-lo em uma peça de cozinha, no lavabo ou até mesmo em um quarto de bebê. “Tudo depende do profissional e de suas habilidades no conhecimento do material utilizado.”

Além disso, o trabalho com móveis rústicos feitos a partir da madeira de demolição vai de encontro ao conceito de sustentabilidade, tão em alta nos dias de hoje. Afinal, estamos falando de uma matéria-prima sustentável, que não agride a natureza ao ser utilizada.

Já no quesito desvantagem, deve-se destacar que “a madeira de demolição é ainda um material de difícil acesso e alto custo e, justamente por isso, algumas empresas vêm desenvolvendo, de forma artificial, o processo de envelhecimento da madeira. Ou seja, utilizam peças novas e conferem a elas um aspecto envelhecido. A aparência até engana os desentendidos,  entretanto, perde-se o cunho ecológico de reutilização e sustentabilidade”, conclui Andreia.

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