Estima-se que o biogás represente apenas 5% da matriz energética do Brasil, apesar disso, o seu potencial de crescimento é grande. Pelo menos é o que aposta a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná). A instituição está olhando com bastante atenção para essa fonte de energia, desenvolvendo, inclusive, um projeto embrionário que prevê o uso do biometano pela indústria moveleira de Arapongas, no Paraná.

A ideia é que as empilhadeiras utilizadas pelas empresas do setor moveleiro (e de alimentos) da cidade que funcionam à base de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) passem por uma pequena modificação e consigam funcionar com o biometano – uma fonte de energia renovável e mais sustentável, resultante da purificação do biogás e produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos.

“Esses dejeitos são colocados em um tanque chamado de biodigestor, no qual são adicionadas bactérias para o processo de fermentação e a consequente transformação em biogás, que passa por um processo de purificação, sendo transformado em biometano”, explica João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos da Fiep.

Como utilizar o biometano na indústria moveleira?

O projeto embrionário foi apresentado ao Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas). A Fiep montou um cluster de energia e recomenda que as indústrias moveleiras interessadas em obter essa fonte energética procurem o Sima.

“O sindicato está fazendo os levantamentos técnicos necessários para o desenvolvimento do projeto-piloto no Paraná. Por isso, é a primeira fonte a ser procurada pelos empresários”, destaca Mohr. João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos da Fiep.

O especialista explica que, para participar, não são necessárias muitas mudanças internas na indústria. “A adaptação mecânica na empilhadeira é algo simples, basta fazer um pequeno ajuste nas empilhadeiras para poder fazer a utilização do biometano, de modo que, assim como acontece com os carros que hoje usam dois combustívei,  mesmo processo ocorrerá com as empilhadeiras adaptadas para o uso do biometano”, conclui o gerente dos Conselhos Temáticos da Fiep.

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