O segundo dia de ForMóbile Xperience trouxe temas para toda a cadeia moveleira: do marceneiro ao arquiteto, da indústria à startup, os conteúdos promovidos conversaram com múltiplos profissionais.  Além dos conteúdos da manhã, a tarde reuniu especialistas para debates sobre o novo morar, as tendências de comunicação e os desafios do parque fabril brasileiro.

Branded content e as tendências do novo morar

Abrindo a tarde de produções inéditas, a Trend Analyst e Strategy Design Mentoring Gláucia Binda foi a convidada da vez, demonstrando como o branded content pode ser uma ferramenta de comunicação importante para gerar mais conexão entre marcas e consumidores. A especialista utilizou exemplos para ilustrar novas maneiras de comunicar ideias, além de inspirações sobre a importância das histórias nessa troca.

“Precisamos pensar que o detalhe que está em uma chapa vai se tornar um detalhe e um móvel, que vai se tornar um detalhe em uma casa e interagir com todo o universo particular de cada pessoa. Precisamos olhar para o todo e enxergar além do nosso produto: ele é só parte da história daquele cliente e precisamos entender que papel queremos representar nisso”, defendeu a palestrante, que também respondeu ao vivo as questões no chat.

Na sequência, Maurício Siqueira (Siq Marketing) recebeu Denis Nunciaroni (revista it Home) e Marcos Nascimento (agência FUN) para uma mesa redonda sobre como as tendências do novo morar impactam a comunicação no setor moveleiro. Nunciaroni contextualizou o momento que o setor vive, lembrando o último ciclo.

“A gente viveu um grande abalo com o início da pandemia e em seguida observamos um movimento que tornou a casa a prioridade. Aquele susto inicial se transformou em um momento de aquecimento para o mercado, mas a forma como as pessoas compram mudou e esse é um novo consumidor”, comentou.

Nascimento lembrou também que é preciso lidar com cuidado com as redes sociais. “Se o que você posta no seu perfil pessoal é o que você pensa, a lógica deve ser a mesma para o seu negócio: o que a sua empresa posta é o que a sua empresa acredita”, defende.

Porém, o não-posicionamento também é um risco: “as marcas precisam sim se posicionar – não necessariamente sobre todos os assuntos, mas sobre aqueles que importam para o seu público e para as pessoas que você quer atingir”, completou Nunciaroni.

Parque fabril e indústria colchoeira

A indústria foi protagonista dos dois últimos conteúdos do dia. Com uma apresentação completa, o consultor Vasco Martins (SV Martins) ajudou os participantes a entenderem a realidade do parque fabril brasileiro, discutindo os desafios e possibilidades do segmento industrial. Falando sobre conectividade e como ela é necessária para que a indústria nacional se torne competitiva globalmente, o consultor reforçou que esse movimento vai exigir uma mudança de mindset.

“A indústria brasileira precisa entender que a tecnologia é investimento, não gasto”, afirmou. “Se quisermos um lead time otimizado, precisamos que todas as informações da fábrica estejam monitoradas e conectadas”, completou.

Fechando os conteúdos do dia, uma entrevista com Rogério Soares Coelho, presidente da ABICOL, trouxe as percepções do executivo sobre o cenário do setor de colchões para o segundo semestre e para o próximo ano. “O que a gente percebe sobre o setor colchoeiro no mundo é uma preocupação cada vez maior com o conforto do consumidor”, comentou.

“Observamos dois mercados de colchões que tendem a se distanciar ainda mais: o de ‘camas na caixa’, bed-in-box, com um produto mais firme e tradicional, e o colchão comprado em lojas físicas, com opções mais confortáveis. O fabricante precisa entender quem é o seu novo consumidor e o que ele quer. Isso exigirá muita adaptação por parte da indústria”, apontou.

Coelho também destacou que existem na internet muitos mitos e confusões sobre o setor, defendendo que as informações confiáveis podem ser checadas no site da ABICOL. “Temos muito compromisso com a veracidade do que publicamos e nos dispomos a ser um espaço confiável de consulta sobre o setor colchoeiro”, reforçou.