O termo logística reversa prevê o envolvimento de toda a cadeia produtiva, desde os responsáveis pelo cultivo, extração e fornecimento de matéria-prima até o consumido final com a responsabilidade no descarte correto do produto no momento de sua troca ou fim de vida útil, quando deveria retornar para o início do processo produtivo, conforme informamos na reportagem sobre os benefícios dessa prática para a indústria.

A empresa que se adiantar e demonstrar que está trabalhando para que os resíduos tenham o tratamento adequado sofre menos riscos, segundo o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Rafael Cesar da Costa. “O risco reputacional de ter um produto seu encontrado em uma local irregular e o risco regulatório e financeiro de sofrer restrições e multas dos órgãos ambientais e do Ministério Público caso não esteja cumprindo a legislação (Lei 12.305/2010).”

Qual seria, então, o caminho para implantar um programa de logística reversa? O passo mais importante é contatar seu Sindicato Industrial ou Associação Setorial e questionar sobre a situação do Sistema de Logística Reversa do Setor. Empresas interessadas em planos individuais de Logística Reversa devem desenvolver e executar planos próprios com colaboração técnica, além de protocolar esses projetos em órgãos estaduais competentes e manter as informações atualizadas sobre as ações e seus andamentos. Também é possível aderir a planos em grupos, por meio de sindicatos patronais.

Planos individuais: busque apoio técnico, que pode ser encontrado no SENAI ou em empresas especializadas de assessorias ambientais para contratação de serviços para fazer o diagnóstico de sua empresa, das fases do processo de produção, dos fornecedores e do consumidor final para poderem elaborar o Plano de Logística Reversa da empresa, depois do plano elaborado, com as metas, objetivos e cronograma de implantação das ações, protocolar o mesmo nos órgãos competentes e o mais importante, colocar o mesmo em execução.

Planos em grupo: procure por sindicatos patronais e verifique quais fornecem estes planos aos associados, pois são de custo bem mais acessível e com um respaldo técnico bem maior na maioria das vezes, sendo que se a empresa aderir ao plano em grupo terá uma economia de valores considerável e poderá implantar as ações, além de estar envolvida em várias ações de uma cadeia maior, que poderá trazer benefícios para a própria empresa nas melhorias e adequações internas a serem realizadas.

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