O caminho para atingir a excelência, satisfazendo consumidores, diminuindo os custos e produzindo mais existe. E não depende de novas instalações fabris, máquinas novas ou novos talentos. O que a empresa precisa fazer é ajustar seu foco em satisfazer o cliente, identificar se há conhecimento dos profissionais sendo desperdiçado e evitar ao máximo o retrabalho.

Essas soluções são contempladas pela adoção do conceito Lean. “Embora tenha métodos e ferramentas é essencialmente uma filosofia com boas práticas”, ensina o presidente do Lean Institute Brasil, José Roberto Ferro. Personalizado para cada empresa, o Lean deve ser implantando de olho em resultados no médio e longo prazo. “Há sim casos de curto prazo, mas depende muito da empresa”.

Um ponto importante a ser observado é que os prazos para obter os resultados mudam de uma empresa para a outra. E que para cada uma delas, dependendo da situação em que se encontram há uma abordagem diferente. Entretanto, as mudanças percebidas mais rapidamente referem-se à qualidade, satisfação do cliente e dos colaboradores.

1-Foque obsessivamente no que agrega valor ao seu cliente! Esse deve ser o propósito claro da empresa, pois assim, elimina-se o desperdício. “É óbvio, mas empresas costumam definir outras prioridades como ‘somente ganhar mais dinheiro’. Lucro é consequência de agregar valor e evitar desperdícios”.

2- O que precisa ser melhorado? Uma autoanálise para entender qual processo ou departamento empresarial necessita de ajustes é parte essencial da implantação do conceito Lean. “Sempre há algo: finanças, produção, criação de produtos, recursos humanos…”

3-Reconheça e desenvolva seus profissionais. Funcionários aprendem analisando e resolvendo problemas.

4- O passo anterior transforma o líder em um capacitador dos recursos humanos, mudando profundamente o estilo de comando, que deixa de ser hierárquico, com ordens e soluções vindas “de cima”, para um ambiente e ajuda mútua.

5- Problemas são bem-vindos! Eles ajudam funcionários a pensar e a empresa a identificar o que fazer. Ação “difícil no Brasil”, de acordo com Ferro, pois no País predomina a cultura de se fazer tudo em cima da hora e com “jeitinho”; “faltam processos, as entregas são na hora errada…”

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