Estilo de móvel com forte apelo junto ao consumidor e motivo de dedicação de renomados escritórios de design no exterior, os híbridos têm tudo para ser um filão de mercado no Brasil. Multifuncionais, esses produtos assumem duas ou três funções a mais do que seu principal propósito, sendo capazes de ocupar ambientes pequenos e até mesmo integrá-los.
“É uma tendência, mas antes disso é quase uma necessidade. Vivemos uma crise de espaço e a especulação imobiliária tem fortalecido esse mercado no Brasil”, pontua Alexandre Salles, arquiteto e coordenador do curso de extensão One Year em Design de Mobiliário do Instituto Europeu di Design – IED São Paulo. Segundo ele, a indústria moveleira nacional está alerta a essa demanda e já tem produzido, especialmente no Rio Grande do Sul, móveis híbridos em associação com designers.
Mas você já pensou qual é o ponto de partida para a criação de um produto multifuncional? O professor indica três pilares dessa etapa do trabalho. “Todas essas etapas representam mudança na criação de móvel.” Acompanhe.
1- Forma: pense na ergonomia do móvel, nos espaços em que pode ocupar e em criar formatos não convencionais. Considere que ele tem de atender variadas funções.2- Função: avalie como o seu híbrido economiza espaço ao condensar ambientes e mobília.3- Material: esse tipo de produto tem vida útil longa, por isso a decisão pelo uso de madeira, vidro, borracha, concreto ou material sustentável é tão importante.
Vale manter no radar criativo também, a utilização de ferragens robustas que deem suporte para diferentes materiais. “É preciso que apresentem grande resistência, pois imagine o peso de uma peça que una madeira e concreto, por exemplo”, diz Salles ao lembrar que essa ferragem ajuda a desenhar o funcionamento do móvel híbrido.