O setor madeireiro é responsável por 24% da balança comercial do país e enfrenta grandes desafios para avançar no mercado. Durante o ciclo de palestras da Indústria do Futuro, realizado pela ForMóbile, Paulo Roberto Pupo, da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), apresentou um panorama do setor e suas perspectivas.

“Temos boas florestas e um bom perfil de madeiras limpas, com exportação para 60 países. Nosso maior desafio é a burocracia, o acesso ao crédito e a abertura das estradas”, disse Pupo durante sua palestra. Outro desafio do setor é garantir a normalização dos produtos. Ele ressaltou que somente com essa normalização será possível organizar o mercado, e listou alguns dos motivos:

– Possibilita desenvolver produtos certificados e conformes para o mercado;

– Possibilita o desenvolvimento de programas de certificação;

– Garante o reconhecimento de importantes órgãos oficiais, como ABNT e Inmetro;

– É fundamental para ter acesso a financiamentos e garantias.

O empresário finaliza pontuando os impactos positivos dessa normalização e padronização de produtos. Um dos impactos é o aumento de consumo: “Somos os maiores no setor madeireiro, mas não ficamos entre os 40 maiores em consumo. Isso precisa ser mudado”, finaliza.

Além disso, a padronização permite a categorização de produtos, proporciona a concorrência justa e equilibrada e facilita o acesso a novos mercados.