A palavra moodboard significa “painel de humor”. Trata-se de uma ferramenta que utiliza diversos elementos, entre os quais, imagens, vídeos e ilustrações, para traduzir a essência e objetivos de um projeto. Por exemplo, os de arquitetura e designer de interiores.
Esse conceito é muito utilizado por arquitetos e designers para definir inspirações.
“O moodboard é uma importante inspiração, comunicação de ideias, direcionamento, experimentação e referência durante todo o processo criativo de diversas áreas”, explica Catharine Malfatti, Designer de Interiores.
Ela define o moodboard como uma oportunidade de visualizar os elementos de maneira mais significativa no projeto.
“É um ponto de referência visual que pode nos acompanhar desde as primeiras conversas com o cliente até a execução da obra.”
Além do mais, é possível que o arquiteto e o designer possam testar inúmeras combinações de cores, texturas, acabamentos e atmosferas.
O que não pode faltar no moodboard?
Como o objetivo do moodboard é mostrar ao profissional em questão o que pode ou não estar alinhado ao projeto, bem como o que funciona para determinado ambiente, alguns elementos não podem faltar.
Catharine conta que a paleta de cores e as texturas são primordiais em qualquer moodboard de arquitetura e designer de interiores. Como exemplo, ela destaca o material do mobiliário, a tonalidade da madeira ou até mesmo as tramas de um tecido.
É essencial também utilizar imagens que possam virar quadros ou adornos no respectivo ambiente a ser desenvolvido.
O moodboard também aceita peças-chave para o cliente. Ou seja, objetos, itens ou móveis que obrigatoriamente deverão estar no espaço projetado.
“Esse processo vai nos inspirar para o trabalho em questão. O moodboard é também uma referência estética essencial para o cliente no anteprojeto”, destaca a designer.
Segundo ela, a técnica ajuda a transmitir um conceito e foge dos limitados descritivos.
Passos importantes para montar moodboard
O moodboard não é nenhum bicho de sete cabeças, mas não dispensa certos detalhes. A propósito, é importante revisitá-lo algumas vezes para fazer possíveis atualizações, caso sejam necessárias.
Confira alguns pontos de destaque na criação do moodboard.
1. Design
Primeiramente, é preciso definir o estilo do design, uma vez que existem diversos estilos para os projetos de arquitetura e designer de interiores.
É fundamental compreender a personalidade do cliente e só então abusar dos elementos, cores, texturas e peças, de modo a dar identidade visual ao projeto.
2. Cores
Lembra da paleta de cores? Então, ela está entre as prioridades do moodboard.
A paleta pode compreender diferentes cores ou seguir variações de um mesmo tom. Tudo varia conforme as preferências do cliente e objetivos do projeto.
3. Texturas
As texturas, conforme citamos, também enriquecem o trabalho. Isso porque elas dão personalidade ao projeto e mostram as ideias de maneira mais fluida.
4. Demais recursos
Além dos elementos citados, o moodboard não dispensa recursos. Não é obrigatório trabalhar com imagens estáticas – os vídeos podem entrar em cena para gerar inspiração e contribuir com a construção de um projeto.
Ou seja, conteúdos em movimento mostram ainda mais a personalidade do trabalho. Alguns aplicativos podem ajudar.
Dicas para seu moodboard
Para finalizar, Catharine, como nossa especialista, deixa algumas dicas:
- Tente várias vezes, só assim é possível chegar à excelência. “Não se satisfaça com o primeiro moodboard”.
- “Experimente todas as combinações possíveis e registre todas as alterações”.
- Com relação a equipe envolvida no trabalho, a designer alerta: “permita que diversos membros do time possam opinar na montagem do moodboard”.
- “Se possível, insira um item de afeto para o cliente”.
Agora que você sabe como organizar o moodboard do seu projeto, confira também como fazer o detalhamento de marcenaria.