Em mais uma tarde de evento digital, a ForMóbile Xperience colocou o design no centro das conversas, abordando as possibilidades e desafios da área sob múltiplos pontos de vista. Além disso, a tarde também trouxe tendências, dicas e orientações para marceneiros na hora de equilibrar as contas, em uma transmissão ao vivo.

Reunindo em um único lugar especialistas, fornecedores, acadêmicos e empresas de todo o setor moveleiro, a ForMóbile Xperience chega a seu terceiro dia trazendo ainda mais conteúdo inédito e oportunidades de negócio e networking. Confira a seguir a cobertura da tarde e inscreva-se gratuitamente para assistir ao evento.

Design, design, design: tarde de tendências

Na abertura da tarde, uma entrevista ao vivo sobre design autoral de móveis colocou luz sobre questões muito delicadas para esse segmento, como plágio, criatividade e a relação entre designer e indústria. Os designers Bruno Faucz e Daniel Simonini compuseram o painel, respondendo às questões dos participantes. “Nosso mercado sofre de muita ansiedade, exigindo produtos demais, rápido demais. Eu sinto que às vezes não se respeita o tempo necessário para amadurecer o produto – afinal, nem todo produto nasce um hit de vendas”, ponderou Faucz. “Devemos estimular a indústria, porque é a partir desse estímulo que novas oportunidades surgem. Propor novos materiais para a indústria, por exemplo, é uma maneira de ajudar a desenvolver o setor como um todo”, completou Simonini.

A conversa da sequência manteve o nível da discussão, buscando definir qual é o papel estratégico do design dentro da cadeia produtiva. Carlos Bessa (Portal Moveleiro) recebeu Paulo Pacheco (Evecom), Ana Paula Patossi (Studio Alfa), e Marcus Braga (Join Design) para uma mesa redonda temática que discutiu esse assunto. Para Bessa, o senso de pertencimento hoje ocupa um espaço importante na decisão de compra, principalmente em ambientes de lojas físicas que “vendam” uma ideia. “Se você se identifica com aquele cenário, com aquele ambiente, você vai querer fazer parte dele adquirindo aquele produto. No geral, as pessoas estão mais interessadas em ter do que em ser – mas para ser, é preciso pertencer”, defendeu. A discussão pode ser vista na íntegra na “TV ForMóbile”.

Fechando essa sequência, a arquiteta especialista Luize Andreazza Bussi trouxe uma apresentação sobre a tendência do design biofílico e como ela pode ser incorporada ao projeto de forma equilibrada. “Cabe ao arquiteto e ao marceneiro conhecer as tendências e levar ao cliente as opções disponíveis no mercado, seja em painéis com estampas realistas ou com o uso de lâminas naturais.  Nós temos esse poder e essa liberdade de explorar o móvel, tanto como objeto de arte quanto como peça funcional, agregando a biofilia aos ambientes”, defendeu.

Wood frame e a gestão da marcenaria encerram terceiro dia

Nos últimos conteúdos do dia, madeira e marcenaria ganharam os holofotes. Em um conteúdo criado em parceria com a Revista Referência Madeira Industrial, Fábio Machado (editor da revista) entrevistou Guilherme Stamato (Stamade), sobre o wood frame – uma técnica de construção que utiliza estruturas de madeira e vem ganhando adeptos no Brasil.  “É um sistema muito versátil do ponto de vista da qualidade, que também tem custos muito competitivos para uso em programas habitacionais como o Casa Verde e Amarela, do Governo Federal”, comentou Stamato.

Fechando o terceiro dia de ForMóbile Xperience, o consultor Fernando Imazu trouxe uma provocação: faturamento ou lucro, o que é mais importante na marcenaria? Durante a transmissão ao vivo, Imazu dividiu com os presentes sua opinião e conselhos sobre esse tema, respondendo também as dúvidas dos participantes no chat. “O primeiro passo deve ser com certeza começar a monitorar os seus resultados. E para isso você não precisa de um sistema de tecnologia avançado: você precisa de um caderno, uma caneta e disciplina para anotar os seus gastos”, apontou.

Ainda dá tempo de participar da ForMóbile Xperience 2021: confira a programação do último dia e inscreva-se no site.