Em momentos de baixa da economia, como o que vivemos atualmente no Brasil, uma necessidade comum à maioria das marcenarias é aumentar a produtividade eliminando, ao máximo, os custos de produção. Nesse sentido, buscar alternativas para atenuar o desperdício das chapas de madeira é fundamental.

“Baixar custos para o cliente, aumentar a margem de lucro do marceneiro e, principalmente, reduzir ao máximo o desperdício e, consequentemente, o lixo produzido, estão entre os resultados que podem ser alcançados com algumas medidas”, afirma Sidneia Teixeira, gestora ambiental e proprietária d’A Marcenaria, do Rio Grande do Sul.

Mas como reduzir, de fato,o desperdício de chapas de madeira na marcenaria? Confira as dicas a seguir:

Plano de corte

O uso de um plano de corte –  tipo de software específico que ajuda a otimizar o uso da chapa – tende a garantir um ambiente laboral mais limpo e organizado, livre de tanto resíduo, com redução de custo e, consequentemente, ganhos de produtividade e diminuição substancial do desperdício de chapas.

“Ainda durante a fase de orçamento, inserimos o projeto em programas específicos para corte de chapas, para que tenhamos total precisão da quantidade de material a ser utilizado no projeto”, declara Sidneia.

Corte por lote

Trabalhar com processo de lote na produção também pode ajudar a evitar o desperdício das chapas, gerando uma redução de 10% a 30%, além de otimizar o processo produtivo. E mesmo que você faça peças sob medidas e personalizadas, a dica é não cortar as chapas projeto a projeto.

Produção mais limpa ou produção enxuta

O conceito de produção enxuta, no qual a produção deve ser realizada com o mínimo de desperdício possível e da maneira certa logo na primeira vez, ajudou a desenvolver técnicas e ferramentas que visam a redução dos desperdícios  e contribuem, de certa forma, para uma produção “mais limpa”. No entanto, vale destacar que essa produção “mais limpa” não é uma prática que reflete apenas na redução de resíduos. Ela vai além, questionando o porquê de eles existirem e se é possível encontrar formas de eliminá-los, de reutilizá-los ou reciclá-los.

Potenciais de redução de desperdícios residem no gerenciamento das sobras, verificando e separando aquelas que podem ser convertidas em retalhos. No modelo atual, geralmente, são considerados retalhos apenas as sobras de grandes dimensões, obtidas na última cortada de cada espessura no lote. Elas retornam para o estoque e lá permanecem até que uma ou mais peças possam ser cortadas dentro dos seus limites dimensionais.

Apesar disso, pode ocorrer  um maior volume de geração de retalho do que de peças demandadas, com medidas bidimensionais menores do que as do retalho. Contudo, um potencial redutor de desperdício, que consiste em determinar quantos retalhos devem ser estocados para futuros planos de corte, não estocando além dessa necessidade, pode ser uma solução.

E na sua marcenaria, como o desperdício de chapas é tratado? Você conhece outras boas práticas para evitá-lo? Deixe sua mensagem no campo de comentários abaixo e até a próxima.