A tempestade parece estar, aos poucos, se acalmando na indústria moveleira. Pelo menos quando o assunto é exportação, as análises apontam ganho de fôlego na balança comercial do setor. Em 2015, a venda de móveis para fora do Brasil encolheu 12,7% em relação ao ano anterior, enquanto os números do primeiro quadrimestre de 2016 apontam uma queda menor, de 8,4%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com o dólar na casa dos R$ 3 e com a exposição do mobiliário nacional em feiras da Europa e dos Estados Unidos, ficam abertas as portas da geração de novos negócios. Para não deixar a oportunidade passar, acompanhe alguns pontos importantes para começar a exportar.
1 – Identifique mercados potenciais
É necessário analisar o mercado consumidor do país de interesse, suas importações, seus impostos incidentes, a existência de acordos comerciais com o Brasil ou com o Mercosul e as exigências técnicas vigentes. Um agente local também pode ser uma boa forma de encontrar potenciais clientes.
2 – Habilite a empresa no Siscomex
Para realizar qualquer operação de comércio exterior é necessária a obtenção do Radar, a habilitação no Siscomex, em que serão registradas todas as operações e analisadas pelo governo federal. Esse registro pode ser realizado por um despachante aduaneiro.
3 – Defina o preço do produto
Para compor o preço do produto para exportação, a empresa deve efetuar a avaliação conjunta dos custos internos e dos custos para realizar a operação. Busque informações sobre o mercado-alvo como certificações para exportar, tratamento tributário e acordo de comércio firmados. Vale lembrar que quando o assunto é a venda para fora do País, a tributação é especial, pois não há a incidência de impostos federais e também do ICMS.
4 – Estude as opções logísticas
Exportações de produtos menores e mais urgentes podem demandar um modal aéreo, enquanto em outros casos o marítimo será mais vantajoso. Portanto, realize o maior número de cotações possíveis até decidir qual será o modelo logístico. Há ainda a possibilidade de efetuar o processo via tradings, em que o fabricante nacional venderá para uma empresa no Brasil que exportará o produto, permitindo, assim, que os benefícios da exportação se estendam também a venda interna.