Projetados inicialmente pelo designer francês Michel Arnoult, os chamados móveis Ready To Go (ou “pegue e leve” em português) vêm ganhando espaço no mercado moveleiro nacional por aliarem alguns fatores muito atrativos para o consumidor final: custos relativamente baixos, facilidade de transporte e praticidade na montagem.
Ana Marta Aragão Grimm, professora de Design de Interiores da Universidade Anhembi Morumbi, define os móveis dessa categoria como “mobiliários que são comprados pelo cliente no ponto de venda, retirados na prateleira, transportados e montados pelo próprio consumidor. Além, é claro, de eles também poderem ser comprados hoje, via internet, em uma ‘prateleira online’”, declara.
Já Leonardo Dias dos Santos Franceschi, sócio proprietário da Venndita, loja de móveis personalizados de Marau, interior do Rio Grande do Sul, ressalta que os móveis Ready To Go são “móveis ‘soltos e prontos’, que divergem da ideia do sob medida e que, como o próprio nome diz, estão prontos para ir para a casa do cliente, que entra no site/loja, gosta do móvel, faz a compra, recebe o pedido e já pode facilmente montá-lo, de forma muito dinâmica”, comenta.
Não à toa, esse nicho de mercado já é uma realidade bem sólida nos Estados Unidos, na Europa e em Israel, sobretudo entre os consumidores de baixa ou média renda e o público jovem.
Entre os móveis Ready To Go mais comumente encontrados no mercado, inclusive o brasileiro, podemos citar:
- Mesas de centro para a sala, que também podem transitar por outros cômodos, como cozinha e quarto;
- Mesas laterais utilizadas na cozinha, naquele espaço entre o sofá ou na área da churrasqueira ou espaço gourmet. É o tipo de móvel ideal para as visitas deixarem seus objetos pessoais, por exemplo;
- Puffs multifuncionais que podem servir para sentar, depositar objetos, esticar as pernas, entre outras funções;
- Estantes com design moderno e práticas de montar, coloridas ou com acabamento mais sóbrio.
Como produzir os móveis Ready To Go?
A produção dos móveis Ready To Go é muito parecida com a dos demais mobiliários, embora eles tenham de passar por uma engenharia específica para que possam ser considerados dessa categoria e serem certificados. Por isso, precisam ser produzidos levando sempre em consideração a sua montagem, que deve seguir uma metodologia de fácil acesso e execução, com pouquíssimas ferramentas, como a chave Halem (que, normalmente, já vem com o produto), chave de fenda para parafusar peças ou, simplesmente, itens com sistema de encaixe.
Também é importante que os manuais de montagem sejam autoexplicativos, demonstrando todas as etapas do processo, prevendo que essa montagem será executada pelo próprio consumidor.
“Esse produto terá uma única embalagem, normalmente não ultrapassando os 25 quilos, pois ele deverá ser retirado no ponto de venda e transportado pelo próprio consumidor. Portanto, em função da embalagem com peso reduzido, hoje limita-se a concepção de mobiliários nas tipologias de estantes, mesa lateral, rack ou criado mudo, por exemplo. A matéria-prima para a produção permeia o MDF, MDP, latão, aço inox, plástico e até papel", afirma Ana Marta.
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