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Maximalismo na decoração: como ele contrapõe o minimalismo?

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O maximalismo está diretamente ligado a nossa memorabilia. Entenda melhor essa linha de design!

Você já ouviu falar no conceito maximalismo? Minimalismo, provavelmente, já.

Saiba que o maximalismo é um estilo que se contrapõe às regras da decoração, principalmente, com relação ao seu principal oponente: o minimalismo.

Ou seja, a ideia é tornar tudo possível. Segundo Enzo Sobocinski, arquiteto e designer, é possível misturar estilos, estampas, cores, texturas, objetos antigos aos mais novos, arte e design.

“Não há, necessariamente, uma organização pré-estabelecida, por exemplo”, explica Enzo. No entanto, ele alerta que isso não significa que o projeto é algo bagunçado e que não há uma lógica nas composições.

Os espaços são estrategicamente elaborados, por meio de um trabalho minucioso e complementar.

O próprio arquiteto conta ao público da ForMóbile que “não é fácil compor um ambiente com as características do maximalismo, uma vez que compreende muitos estilos e diferentes elementos justapostos”.

Podemos dizer, então, que o objetivo é a harmonia, como acontece com outros estilos da arquitetura e do design de interiores.

Harmonia no maximalismo

Como é possível proporcionar harmonia ao ambiente, utilizando objetos, texturas e superfícies tão distintas? Provavelmente, esta é a sua pergunta no momento.

Enzo explica que depende muito da habilidade do próprio arquiteto ou designer que criará o projeto. Também, do gosto do cliente, dono do espaço.

A personalidade e a vivência de todos os responsáveis são pontos-chave aqui.

“Vale muito, por exemplo, usar objetos de família, lembranças de viagem, presentes memoráveis, peças originais, etc. Eu incluiria até mesmo a possibilidade de oferecer um toque ‘bizarro’ ou extravagante ao ambiente.”

Maximalismo versus minimalismo

O maximalismo está diretamente ligado a nossa memorabilia (termo ligado ao colecionismo e à prática das pessoas em guardar objetos e lembranças). As memórias estéticas positivas que adquirimos durante uma vida despertam sensações, e o respectivo conceito tem exatamente essa finalidade.

Em suma, o maximalismo aguça e desperta sentimentos. “É preciso compor a memória afetiva”, diz o arquiteto.

É possível explorar os sentimentos e preencher todos os cantos de um ambiente. O maximalismo permite.

Já o minimalismo, como o nome diz, e muita gente conhece, é o contrário de tudo isso.

O conceito trabalha com a máxima “menos é mais”, cujos ambientes são compostos pelo mínimo possível de objetos, tendo uma escolha mais seletiva por cores e texturas. Os planos, normalmente, são perpendiculares, a fim de conferir modernidade.

Ou seja, ambos os estilos são completamente diferentes, mas cabíveis ao gosto de cada pessoa ou profissional responsável. Tudo dependerá da proposta.

Por ser tão diferente do minimalismo, o maximalismo agrada quem deseja um ambiente mais ligado ao emocional. “É por isso que, ao nos depararmos com um espaço dito minimalista, pouco explorado com cores e objetos, escutamos dizer que ele provoca uma sensação de frieza”, completa Enzo se referindo a falta dos elementos que despertam a memória afetiva.

Na decoração, gosto não se discute

Quando questionado sobre quem gosta mais do maximalismo e quem prefere o minimalismo, o especialista vai direto no segundo conceito.

“Pessoas com mais sensibilidade, repertório mais vasto, conhecedoras de arte e design, admiradoras de artesanato e que gostam do que é belo, independentemente da época da criação, têm mais facilidade para absorver o estilo maximalista.”

Para ele, é preciso compreender os processos de criação dos espaços, que são feitos com o tempo, com justaposição de camadas e num processo contínuo.

Por sua vez, o estilo minimalista agrada pessoas que preferem ter poucas peças de decoração e objetos, mesmo tendo paixão pela arte. As cores escolhidas, normalmente, são as mais neutras como o preto, o cinza e o branco. A organização é a principal característica de quem ama o minimalismo.

Fato é que ambos os conceitos são sensacionais e refletem personalidades – o fator mais incrível da arquitetura e do design de interiores.

É fundamental que arquitetos entendam o estilo de cada cliente, compreendendo ainda o quão funcional e convidativo cada ambiente deverá ser.

Seja maximalista ou minimalista, é essencial optar pelo estilo com melhor definição.

Gostou das características da decoração maximalista? Veja também como incluir o minimalismo em projetos de interiores.

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