A indústria de colchões brasileira é considerada uma das maiores do mundo. Afinal, o mercado é vasto e o interesse do público consumidor por hábitos mais saudáveis e noites de sono de qualidade cada vez maior.
Contudo, para atender a demanda existente, é preciso modernizar o portfólio, seguindo tendências e enfrentando os desafios próprios do segmento.
A indústria de colchões no Brasil
Atualmente, há 32.481 mil modelos de colchões de espuma e 9.668 mil modelos de molas com selo de identificação da conformidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), conforme aponta a Abicol (Associação Brasileira da Indústria de Colchões) por meio dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão do Ministério do Trabalho.
Em 2017, a produção de colchões e camas-box registrou crescimento de 0,4% em relação ao ano de 2016. Já até o final de 2018, a previsão é de crescimento de 5%, segundo o Instituto de Estudos e Marketing Industrial.
De acordo com Paulo Beduschi, consultor de marketing industrial, a expansão do segmento no país, ocorreu, sobretudo, como resposta às mudanças no comportamento dos consumidores brasileiros.
“Eles estão em busca de qualidade e trocando esse tipo de produto com mais frequência. Aquele pensamento de que um colchão deve durar mais de 10 anos já não é mais tão comum. Entende-se, cada vez mais, como uma boa noite de sono impacta em nossa produtividade e qualidade de vida”, avalia.
Outro fator que contribuiu positivamente nas demandas da indústria de colchões foi a expansão do segmento imobiliário no país.
Lidar com produtos falsificados ou fora dos padrões é um desafio
Um dos desafios encontrados atualmente pela indústria de colchões brasileira é o de detectar e lidar com fabricantes de colchões fora dos padrões estabelecidos pelas normas vigentes, que apresentam selos falsos de certificação ou, ainda, que ofereçam efeitos terapêuticos sem nenhum tipo de comprovação científica.
Para ajudar nesse tipo de combate, a Abicol realiza diversas campanhas para alertar os consumidores sobre os malefícios de comprarem esse tipo de produto e para encaminhar aos órgãos de fiscalização eventuais evidências de comercialização desse tipo de colchão.
Tendências da indústria de colchões
Cerca de 80% dos brasileiros têm algum tipo de problema na hora de dormir, conforme dados da Associação Brasileira do Sono. Isso deve impulsionar ainda mais o lançamento de produtos que ajudem a resolver tais problemas. Colchões com funções terapêuticas, com infravermelho para possibilitar um sono mais profundo, ajustáveis ao corpo e com diferentes níveis de massagem, devem encontrar ainda mais seu espaço no mercado.
Além disso, o segmento das incorporadoras imobiliárias também deve impactar o mercado de colchões. É cada vez mais comum a entrega de apartamentos mobiliados, sobretudo os mais compactos, que exigem soluções customizadas.
Por isso, a tendência é que as construtoras encomendem diretamente da indústria colchoeira produtos personalizados para esses espaços. Já há, inclusive, os chamados colchões compactos, que são entregues enrolados, dentro de uma caixa, facilitando e reduzindo os custos com processos logísticos.
Há, ainda, os colchões produzidos a mão, a partir de insumos naturais como o algodão (que ajuda a otimizar a absorção de umidade), a seda (que apresenta propriedades termorreguladoras, além de ser ótima para quem tem pele sensível), a fibra de bambu e a lã de alpaca, que conferem ainda mais conforto ao colchão.
O que você achou dessas tendências para a indústria de colchões? Conhece alguma outra novidade ou informação desse segmento que deve impactar o mercado em 2019? Deixe sua mensagem nos comentários.