A Inteligência Artificial Generativa é uma subcategoria de IA focada em criar conteúdos novos e originais, como textos, imagens, músicas, vídeos e até códigos de programação, com base em padrões e dados que foram previamente analisados.
Esses sistemas usam algoritmos avançados, como redes neurais profundas, para “aprender” características dos dados de treinamento e gerar saídas que parecem criadas por humanos.
Essa nova tecnologia tem ganhado o mercado e se tornando uma aliada cada vez maior das empresas, afinal, ela pode ser treinada para trabalhar para as marcas executando diversas funções, que vão desde a automatização de tarefas até a personalização de experiências para os clientes e a criação de novos produtos.
Além disso, ela também pode ser usada como uma assistente virtual que atende os clientes, agenda reuniões, explica sobre os produtos tirando dúvidas dos clientes e até faz cobranças.
Um exemplo de plataforma que faz o uso da IA Generativa para aperfeiçoar o atendimento aos clientes e otimizar o tempo dos colaboradores é a Simplou, lançada na última edição da ForMóbile, a ferramenta foi desenvolvida para oferecer aos empresários um assistente completo que pode realizar diversas tarefas e tipos de atendimentos.
Ferramentas de Inteligência Artificial
Devido a sua capacidade de “aprender” conforme as informações que recebe, o Simplou é capaz de desenvolver uma persona com as características desejadas pela marca, podendo alterar seu gênero, idade, humor, tom de voz e personalidade de acordo com o perfil da empresa.
Dentre suas funções, a plataforma é capaz de interagir com os clientes em tempo real em todas as redes sociais, tirando dúvidas sobre a marca e sobre seus produtos, explicando sobre a empresa e atuando como uma fonte de consulta de preços, informações, rotas, horários, agendamentos e dados técnicos. Além disso, ela também é capaz de efetuar vendas, consultar feedbacks de clientes e criar campanhas de marketing personalizadas. Tudo isso 24 horas por dia.
“A inteligência artificial generativa tem o potencial de revolucionar o setor moveleiro de várias maneiras, trazendo benefícios significativos em termos de eficiência, personalização, qualidade e inovação”, pontua Anderson Rios, desenvolvedor do Simplou.
“Os principais impactos que essa tecnologia traz para o mercado são a produção automatizada, as montagens e acabamentos com alta precisão e rapidez, a redução de erros humanos e o aumento da eficiência das empresas”, enfatiza o empreendedor, destacando que o uso da IA vai muito além da sua atuação como assistente virtual.
“Em breve pretendemos implementar no Simplou a capacidade de monitorar e gerenciar estoques em tempo real, otimizando o reabastecimento de materiais e reduzindo desperdícios que, aliados a modelagem 3D e a simulações, podem criar modelos detalhados e simular móveis personalizados”, adianta Rios, acrescentando que isso permitirá que os clientes visualizem e ajustem o design de seus móveis antes mesmo da produção.
Ainda de acordo com o especialista, o uso da IA generativa traz muitos benefícios para as empresas que implementam ela, tais como uma melhoria no posicionamento de mercado, a possibilidade de oferecer produtos de alta qualidade, personalizados e sustentáveis, além da otimização de seus processos internos que resulta em uma redução de custos.
Mas as vantagens não param por aí. Especialistas apontam que essa subcategoria de IA pode ir ainda mais longe e ser usada para redefinir as estratégias organizacionais das empresas.
Como usar a IA para redefinir estratégias organizacionais?
O primeiro passo para reconfigurar o modelo operacional de uma empresa é adaptá-lo conforme as necessidades e a visão organizacional.
Também é preciso reformular as estratégias de qualificação e promover o reforço dessas mudanças, visando garantir uma adaptação contínua.
“As empresas devem priorizar a área certa que precisa de transformação, concentrando-se em domínios específicos, a exemplo de desenvolvimento de produtos, marketing e atendimento ao cliente, entre outros”, explica Paulo Bermejo, professor e pesquisador na área de inovação tecnológica.
“Por meio dessa abordagem centrada em atividades e setores específicos, é possível realizar transformações tecnológicas de ponta a ponta, integrando múltiplos casos de uso, em um único fluxo de trabalho ou processo.”
Ainda segundo ele, as organizações precisam compreender claramente quais habilidades são fundamentais à equipe, para suprir lacunas de competências, investindo em capacitação e qualificação.
“Vale ressaltar que esse não é um desafio que as empresas possam superar contratando novos funcionários, pois afeta a organização inteira e a maneira como se trabalha nela”, explica o professor.
“Isso exigirá uma abordagem personalizada, focada em estimular os funcionários, além de uma colaboração próxima entre quem está liderando, o setor de tecnologia e de RH, que dada a enorme importância das questões de pessoal, desempenha papel crucial nessas mudanças”, finaliza Bermejo.