A madeira, principalmente para uso industrial, deve passar por um processo efetivo de secagem, para ser ainda mais eficiente. Por ser um material higroscópico, ela apresenta grande capacidade de absorver e liberar umidade. Tudo depende das condições ambientais.
Segundo a Mill Indústrias, a madeira pode sofrer alterações consideráveis em função do teor de umidade. “Em razão disso, faz-se necessário promover a secagem antes do uso no processo industrial”.
O objetivo é otimizar as propriedades mecânicas e garantir eficiência para o seu uso.
Para se ter uma ideia, na indústria moveleira, a umidade da madeira é uma das principais diretrizes para o processo fabril, uma vez que dependendo do teor, pode haver grande influência na estabilidade dimensional, resistência mecânica e também na durabilidade do produto final.
Também conhecida como madeira verde, quando possui alto teor de água (acima de 30%, por exemplo), pode gerar gargalos consideráveis.
Os principais você confere agora:
1. Deformações
A umidade descontrolada pode gerar um encolhimento e até mesmo deformações na madeira, entre elas, o empenamento. Tudo isso tende a comprometer a precisão das peças fabricadas.
2. Fissuras e quebras
“A secagem da madeira representa uma etapa importante em todo processo realizado na indústria e, por isso, merece especial atenção”, explicam os especialistas da Mill. É muito importante, portanto, que ela seja feita adequadamente.
Caso contrário, a umidade resultante de um processo rápido demais pode gerar tensões internas no material. Estas, por sua vez, provocam fissuras e rachaduras, diminuindo a integridade da matéria-prima toda.
3. Proliferação de fungos e pragas
A umidade, principalmente quando em níveis considerados altos para a madeira, facilita a proliferação de fungos e pragas. Isso porque se desenvolvem em ambientes úmidos.
Tal acontecimento compromete a estética e também a vida útil da madeira, independentemente do processo pelo qual ela passará.
Ou seja, a secagem da madeira deve ser feita e devidamente controlada – tanto em estufas quanto por vias naturais. Ajustar o teor de umidade dessa matéria-prima é fundamental para melhorar a sua qualidade e para diferentes condições de uso.
“O processo de secagem da madeira inicia-se assim que a árvore é cortada, como contém umidade, precisa ser controlada.”
A secagem da madeira influencia na resistência mecânica?
O processo de secagem melhora a resistência mecânica da madeira porque, enquanto a umidade diminui, o material se torna mais rígido e denso.
A propósito, essa condição é essencial para diversas aplicações na indústria, entre elas, a fabricação de móveis e marcenaria de precisão.
Quanto mais seca a madeira se apresentar, mais estabilidade ela pode ter. E isso facilita os processos industriais e de marcenaria, entre os quais o de corte (precisão), de junção (qualidade) e o acabamento final (excelência). A propósito, existe uma relação direta entre a resistência e a umidade.
A secagem, quando adequada, melhora a rigidez e o módulo de elasticidade da madeira, contribuindo para o seu desempenho mecânico. “Além disso, melhora as propriedades de isolamento térmico e elétrica do material”.
Qual é a diferença da secagem da madeira na estufa e pelo processo natural?
O método de secagem mais adequado para qualquer tipo de madeira depende da aplicação final e urgência de uso. Mas, os principais são: secagem em estufa (forçada) e secagem natural (ao ar livre).
O primeiro é mais rápido e pode ser controlado. Neste método, o calor é um forte aliado para que a umidade seja removida de maneira uniforme, garantindo que a madeira chegue ao teor de umidade esperado para proporcionar eficiência e previsibilidade na fabricação.
Ainda de acordo com a Mill, a tecnologia vem contribuindo com o aumento da produtividade da secagem de madeiras em estufa, reduzindo significativamente os tempos do processo sem perder a qualidade da madeira.
A secagem em estufa é fundamental para empresas com grandes demandas, cuja madeira deve apresentar consistência e precisão dimensional.
Já a secagem natural utiliza o clima ambiente para que a umidade seja dissipada da madeira. Ela gera menos custos, principalmente, com a energia. No entanto, tende a demorar meses ou até anos para secar a madeira por completo. Este processo é menos previsível, dada a variação climática.
Normalmente, madeiras de uso geral e de menor valor agregado passam pela secagem feita ao ar livre. Conforme a Mill, “esse tipo de secagem natural é também utilizado em empresas que visam a pré-secagem da madeira, de modo a otimizar o tempo de secagem em estufa”.
Principal vantagem da secagem controlada
A secagem controlada da madeira reduz custos em diversas etapas industriais. Quando a madeira não perde a umidade, pode haver um grande desperdício de material, além de retrabalho e defeitos no produto final. Isso, sem contar que a madeira úmida é mais pesada, o que gera ainda mais trabalho e custos para o transporte.
Fato é que investir em processos eficientes de secagem garante que a madeira chegue plena ao consumidor final e ofereça durabilidade.
A secagem da madeira reduz os riscos de perdas e melhora a competitividade das empresas.
A secagem contribui para o acabamento final?
Sim, a secagem é essencial para a qualidade do acabamento em móveis finos e revestimentos, por exemplo. A explicação é que superfícies secas permitem uma melhor absorção de tintas e vernizes.
Além disso, quando secas, as madeiras não passam por tantas mudanças dimensionais após o acabamento. Isto é, um produto final com ótimo valor agregado – tanto pela durabilidade quanto pela estética.
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