Há muitos séculos o vidro é usado como item decorativo. A beleza e a versatilidade desse material podem gerar produtos com um acabamento incrível. Por isso, entender as aplicações do vidro na marcenaria é tão importante.
Por outro lado, esse material é muito frágil e pode gerar acidentes graves dentro das oficinas. Sendo assim, o uso de vidro nos móveis não deve ser feito de forma descuidada.
Neste artigo, vamos entender melhor as aplicações do vidro na marcenaria, suas oportunidades e cuidados necessários!
Vidro na marcenaria: escolhendo o material certo
Em primeiro lugar, o marceneiro precisa entender que existem vários tipos de vidro disponíveis no mercado. Cada um deles é indicado para uma finalidade.
Vidro acidato
O vidro acidato é um tipo de vidro que não é transparente. A ausência de transparência é possível graças a tratamentos químicos, com ácidos. É por isso que ele se chama “acidato”.
Esse vidro oferece boa resistência. Seu uso na produção de móveis é muito comum, assim como em eletrodomésticos, como geladeiras. O efeito opaco também ajuda a criar móveis com um ar mais refinado.
Vidro jateado
O vidro jateado tem uma aparência opaca semelhante à do vidro acidato. Porém, esse resultado ocorre depois do material ser submetido a técnicas de jateamento.
Por isso, esse tipo de vidro pode ter texturas naturais, o que não ocorre com o modelo anterior. O uso de vidro jateado é comum em portas de armários e mesas de centro.
Vidro temperado
O vidro temperado é um vidro mais resistente. Ele pode ser transparente. Por isso, tampos de mesas costumam usar esse tipo de material.
Vidros opacos, como os jateados e acidatos também podem receber tratamento para serem resistentes a quedas ou impactos.
Vidro serigrafado
Esse vidro também é conhecido como vidro pintado a quente. Além de permitir uma série de possibilidade de cores, esse material também apresenta boa resistência a manchas e arranhões.
O vidro serigrafado absorve a tinta em meio ao calor em que é submetido. Isso faz com que a tinta dos vidros serigrafados não descasque, o que pode ocorrer em outros tipos de vidros pintados.
Cuidados ao trabalhar com vidro na marcenaria
Independentemente do vidro escolhido, é importante lembrar que ainda estamos falando de um material frágil, altamente cortante.
Sendo assim, sempre use Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas, botas e óculos, na hora de manusear e cortar esses materiais.
O corte, aliás, deve ser evitado, pois podem gerar trincas ou quebrar as peças. Então, redobre os cuidados com as medidas para encomendar os vidros do tamanho correto.
Transporte
O transporte do vidro deve ser feito usando EPI. O material deve ser embalado em papelão, plástico bolha e até em cobertores ou mantas. Use quantas camadas achar necessário.
O marceneiro precisa se atentar a diferentes possibilidades de acidentes. Em um acidente de carro, por exemplo, o vidro não pode lançar estilhaços. Por isso, precisa estar muito bem embalado e preso ao veículo.
As pontas do vidro, como em um tampo de mesa, precisam ser cobertas com papelão ondulado ou outro material capaz de reduzir os riscos, em caso de acidentes.
Os vidros não devem ser transportados na horizontal. Se isso ocorrer, a vibração do transporte tenha mais impacto no material, o que pode quebrá-lo.
Venda do móvel
Incluir vidros nos móveis os torna mais requintados, bonitos e até mais úteis ao consumidor. Todavia, isso representa um aumento de custos na produção e transportes que não pode ser ignorado.
Sendo assim, os marceneiros precisam incluir devidamente esses custos na precificação dos seus produtos.
Montagem
O vidro precisa ser manuseado seco e limpo, para evitar que escorregue. Além disso, a montagem precisa ser feita de forma adequada, de acordo com o tipo de vidro e desenho do móvel. Dessa forma, evita-se que o vidro quebre e gere retrabalho.
O montador também precisa seguir a orientação do marceneiro em relação ao tipo de cola, parafuso ou outro material de fixação que será usado.
O vidro na marcenaria abre possibilidades para a criação de móveis que encantem os clientes. No entanto, pelo risco de acidentes, os marceneiros não podem subestimar a fragilidade do vidro.
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