Em um momento delicado da economia brasileira, marcado por queda de consumo e recursos limitados para investimento, é importante se valer de táticas que possam auxiliar a indústria a se reinventar e superar barreiras, vencendo os obstáculos. E poucas são tão eficientes hoje quanto os indicadores de produtividade.
“Os indicadores de produtividade são muito importantes, uma vez que permitem uma avaliação precisa do esforço empregado para gerar os produtos e serviços”, resume Julio Tadeu Alencar, consultor do Sebrae-SP. Antes de tudo, porém, como explica o próprio Alencar, é preciso especificar o que é indicador e o que é produtividade. “Indicadores são medidas que demonstram o resultado de um processo, ou de vários processos, servindo como base para a tomada de decisão. Normalmente, essas medidas podem ser quantitativas ou qualitativas, dependendo do que se deseja medir ou avaliar”, orienta.
Já a produtividade, resumidamente, seria a capacidade de fazer mais com menos, ou seja, de produzir mais e melhor, em menos tempo e gastando menos com foco no lucro e na competitividade. Os indicadores de produtividade, assim, medem a utilização dos recursos disponíveis. “Estão dentro dos processos e tratam da utilização dos recursos para a geração de produtos e serviços.” Medir o que se passa no interior dos processos e atividades, acrescenta o consultor, permite identificar problemas e, consequentemente, preveni-los para que não tragam prejuízos. Uma excelente solução em tempos difíceis.
Alencar, porém, chama a atenção para um verbo fundamental aos indicadores de produtividade: medir. “Só se pode gerenciar o que se mede. A produtividade, ou a eficiência da empresa, tem de ser continuamente medida e avaliada”, avisa. Na prática, se feita a mensuração correta, os indicadores vão funcionar como uma relação entre duas unidades de medida diferentes: uma que quantifica os recursos utilizados e outra que quantifica as saídas produzidas.
Assim, o empresário terá em mãos um resumo da relação hora/colaborador, hora/máquina, produto/colaborador, produto/máquina etc. “Uma vez em posse dos indicadores de produtividade, passe então a analisar, comparar e melhorar os processos, sempre comparando os resultados anteriores com os atuais”, indica o consultor do Sebrae, antes de fazer uma última e importante ponderação: “Lembre-se: não podemos melhorar aquilo que não medimos”.