Ter uma lista de bons benefícios corporativos ajuda a manter colaboradores nas empresas, especialmente porque eles contribuem para a motivação, a satisfação e o bem-estar dos funcionários.

No Brasil, os principais benefícios oferecidos pelas companhias são vale-refeição, vale-mobilidade e plano de saúde. Mas tem quem queira se destacar no mercado oferecendo plano de academia, auxílio creche, auxílio home office e até mesmo sessões de massagem. Afinal, reter funcionários tem se tornado uma tarefa cada vez mais desafiadora para as empresas. 

“A escolha dos benefícios oferecidos por uma companhia deve ser baseada nas necessidades reais dos colaboradores e na cultura organizacional da empresa”, explica Fabiano Nagamatsu, CEO da Osten Moove, empresa especialista em desenvolvimento de inovação e tecnologia.

Segundo ele, na hora de fazer essa definição o primeiro passo é entender o perfil dos funcionários por meio de pesquisas internas e análise de dados demográficos. 

“É essencial oferecer um mix equilibrado entre benefícios tradicionais, tais como plano de saúde e vale-alimentação, e benefícios modernos como bem-estar mental, flexibilidade de trabalho e desenvolvimento profissional”, continua o CEO, acrescentando que incluir opções que proporcionam qualidade de vida e crescimento profissional costumam impactar diretamente na motivação e no desempenho dos colaboradores.

Benefícios corporativos: o que você precisa considerar

Ainda de acordo com Nagamatsu, colaboradores que se sentem valorizados e têm suas necessidades atendidas tendem a ser mais produtivos, engajados e comprometidos com os objetivos da empresa.

“Além disso, tem a questão do senso de pertencimento. Sem contar que benefícios que promovem equilíbrio entre vida pessoal e profissional reduzem o estresse e aumentam a satisfação no trabalho”, enfatiza. “Outras formas de incentivar os colaboradores é através da inclusão na  participação nos lucros, programas de educação corporativa e planos de carreira que impulsionam o desempenho ao criar um ambiente de crescimento e reconhecimento contínuo”,  acrescenta. 

O CEO também elencou os benefícios corporativos mais populares atualmente, são eles: 

  • Plano de saúde e de bem-estar mental: psicoterapia, academias, meditação;
  • Flexibilidade no trabalho: home office e horários flexíveis;
  • Incentivos à educação e desenvolvimento de carreira: cursos, mentorias e subsídios para estudos;
  • Benefícios essenciais: vale-alimentação, refeição e mobilidade.

    Já como diferenciais estratégicos, Nagamatsu aconselha que as empresas ofereçam: 

    • Participação nos lucros e Stock Options: especialmente em empresas inovadoras;
    • Day off no aniversário: folga anual no dia do aniversário; 
    • Apoio à parentalidade: licença-maternidade/paternidade estendida, auxílio- creche;
    • Programas de diversidade e inclusão.

      O CEO também alerta que a falta de benefícios colaborativos interfere diretamente na retenção de colaboradores, o que pode gerar grandes prejuízos para as empresas.

      “A alta rotatividade gera custos elevados com rescisões e contratações, além de impactar a produtividade e o clima organizacional”, explica Nagamatsu.

      “A perda de talentos também compromete a inovação e a competitividade, pois exige tempo e recursos para treinar novos funcionários. Sem contar que equipes desmotivadas tendem a ter menor desempenho, o que pode afetar nos resultados da empresa.”

      O especialista também orienta que os gestores revisem os benefícios corporativos das empresas anualmente, além de fazer um acompanhamento contínuo.

      “A companhia pode realizar pesquisas de satisfação, analisar indicadores de retenção e engajamento e acompanhar tendências de mercado”, afirma. “O RH e a liderança também devem estar atentos às mudanças na legislação trabalhista e às novas demandas dos profissionais, ajustando os benefícios conforme o necessário”. 

      Benefícios para colaboradores são investimentos

      Por fim, Nagamatsu considera que os benefícios corporativos não devem ser vistos apenas como um custo, mas como um investimento estratégico.

      “Empresas que investem no bem-estar e no desenvolvimento dos colaboradores criam um ambiente mais atrativo e competitivo, fortalecendo sua marca empregadora e garantindo uma equipe mais engajada e produtiva. A personalização dos benefícios, com opções flexíveis que atendam diferentes perfis, também é uma tendência crescente e pode aumentar a percepção de valor por parte dos funcionários”, conclui o CEO.