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Mercado de colchões 2021: aprendendo com os desafios da pandemia

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Quais os impactos de 2020 para o mercado de colchões?

O mercado de colchões passou por momentos de baixa e de alta ao longo de 2020. A pandemia não acabou, mas para enfrentar 2021, o setor tem um trunfo: a experiência adquirida. O conceito de mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) tem se tornado cada vez mais atual, exigindo que todo o segmento se adapte com rapidez às mudanças. 

Rogério Soares Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), relata: “As perspectivas para 2021 são positivas, porém realistas. Nossos processos continuarão sendo otimizados e reorganizados de forma a cumprir todos os protocolos de segurança para nossos colaboradores e clientes. Por um tempo ainda, teremos que conviver com a escassez e alta nos preços dos insumos para fabricação, deixando a todos bastante apreensivos.”

Conheça, a seguir, os impactos que a pandemia gerou para o mercado de colchões e as expectativas do setor para 2021. 

Mercado de colchões e os impactos da pandemia

O isolamento social, em decorrência da pandemia, modificou os hábitos de vida, tornando o espaço residencial o foco da vivência humana. Em pouco tempo, cresceu a busca por móveis ergonômicos, produtos para reforma residencial e decoração. Nesse cenário, o colchão despontou como item primordial para garantir boas noites de sono em meio ao caos.

Em junho de 2020, o aumento da demanda por colchões coincidiu com uma escassez de insumos (produtos químicos, grampos e molejos - molas). O cenário se deu devido ao cancelamento das importações e baixa produção interna. Com isso, o reajuste de preço dos colchões chegou a uma média 45%, em 2020, com picos de 50,8%, de acordo com o índice IPCA do IBGE.

Coelho aponta: “O principal desafio enfrentado pela indústria colchoeira é o de se manter viável e competitiva diante do aumento constante nos custos de produção e da escassez de matéria-prima. O consumidor deixa de comprar colchão (e investir na sua saúde) pois considera que o produto está extremamente caro.”

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Alta na demanda coincidiu com escassez de insumos para a produção, levando à alta dos preços em 2020.

Em setembro, o poliol (produção de espuma) estava indisponível no mercado, seguido pelo aço (para produção de molejo), em outubro. Grande parte dessa escassez foi gerada pelos Estado Unidos (EUA), que, para atender à alta demanda interna, comprou todo o aço disponível, assim como molejos da China e Turquia. O poliol usado no Brasil é importado dos EUA, e a situação foi agravada pelo furacão Aura, que levou à paralisação da produção.

Colchão e saúde: essencial para boas noites de sono

O sono reparativo é fundamental para que se tenha condições de encarar e superar contextos de crise. Não se brinca com a saúde, principalmente em momentos como os que vivenciamos em 2020. Com a pandemia e o grande foco na vida privada dentro das casas, o colchão passou a ganhar protagonismo. Conforto e segurança passaram a ser características fundamentais para garantir o bem-estar durante o confinamento. 

Nesse sentido, Coelho alerta: “O colchão, dentro do seu prazo de validade, é sinônimo de aconchego, facilitando o descanso. Um colchão ruim, com o desempenho comprometido pelo vasto tempo de uso, dificulta o repouso". Essa necessidade e o impacto de um colchão de qualidade no sono e, consequentemente, na saúde dos indivíduos, afetaram diretamente o segmento, que observou de perto as flutuações na demanda e os desafios de supri-la. 

Mercado de colchões: expectativas para 2021

A pandemia permanece preocupante em 2021. Ao que tudo indica, o mercado de colchões deverá seguir atento às mudanças constantes, vivendo cada dia de forma resiliente. Coelho enfatiza: “Em 2021, mais do que nunca antes, não poderemos tolerar práticas desleais de concorrência e desrespeito ao consumidor, fato este que se agravou e se intensificou com a elevação dos custos das matérias-primas”.

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