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Madeira plástica: por que utilizá-la em um projeto?

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A madeira plástica, também conhecida como madeira sustentável ou ecológica, é a mais nova aposta do mercado moveleiro, construída a partir de embalagens plásticas recicladas e outros resíduos industriais e urbanos. Devido ao alto uso de materiais plásticos na vida contemporânea, a madeira plástica surge como uma possibilidade mais sustentável de reúso daquilo que seria descartado na natureza.

O saldo é positivo para o meio ambiente, pois o plástico é um material não biodegradável que, quando reutilizado, contribui para reduzir o acúmulo de resíduos em aterros e lixões. Além do mais, quando utilizamos a madeira plástica em substituição à convencional, estamos poupando o corte insustentável de árvores, ajudando a natureza no seu processo regenerativo.

Além de ser um produto ambientalmente correto e economicamente viável, a madeira plástica também é reciclável e possui um apelo junto ao público final – e esse pode ser um grande diferencial competitivo para fábricas de móveis, uma vez que o brasileiro ocupa o terceiro lugar no ranking de população com maior consciência e preocupação com a sustentabilidade.

No entanto, existe uma resistência de certos marceneiros ao utilizar a madeira plástica, principalmente por haver a cultura de que a convencional é mais fácil de ser trabalhada. Dessa forma, a sua aplicação ainda é um desafio, e designers, arquitetos e empresários devem desenvolver pesquisas e melhores processos produtivos, tornando os produtos mais atrativos para o mercado.

Entenda, a seguir, o que é a madeira plástica, suas vantagens e aplicações. Acompanhe!

As vantagens da madeira plástica

Estima-se que, para cada 30 m² de madeira plástica produzida, uma árvore grande adulta é preservada e 180 mil sacolas plásticas são retiradas da natureza. Além dos benefícios para o meio ambiente, a madeira sustentável tem potencial de ser mais durável, resistente à corrosão e imune às pragas, como cupins, insetos e roedores.

Quando combinada com diferentes fibras naturais junto ao plástico, é possível desenvolver novas aplicações para a madeira plástica, com melhores características técnicas e resistência à intempérie, umidade e maresia.

Esteticamente comparando, os produtos possuem quase o mesmo acabamento da madeira convencional. Para o consumidor final, o material é de fácil limpeza, que deve ser feita com água e sabão, e é mais segura por não soltar farpas.

Apesar de ser, em média, 30% mais cara do que a madeira natural, o cliente será recompensado no médio e longo prazo com a maior durabilidade – e, de acordo com o estudo Estilo de vida sustentável no contexto brasileiro, ele está disposto a pagar por isso (80% aceitariam pagar um pouco mais para adquirir produtos ambientalmente corretos).

De acordo com Christian Ullman, especialista em design para a sustentabilidade, a madeira plástica é um produto mais homogêneo do que a convencional. “É um material construído sob demanda e podemos fazê-lo especificamente para cada necessidade pontual. Ele tem um custo de manutenção muito baixo se comparado à madeira natural”, afirma.

A madeira plástica pode ser utilizada pelas empresas como forma de diferenciar seus produtos no mercado moveleiro. Em um mundo cada vez mais preocupado com soluções ecológicas para o problema do lixo, os produtos têm a vantagem da alta durabilidade e a possibilidade de ser 100% reciclável.

Potencial para produção local

O especialista em design e sustentabilidade enfatiza que "outra vantagem da madeira plástica é que podemos produzir móveis a partir de matérias-primas disponíveis na região do marceneiro ou do cliente final, minimizando o impacto ambiental do transporte".

Para Christian, é difícil afirmar que a madeira plástica é mais barata ou mais cara do que a convencional, pois depende de cada produto e também do que cada um entende por ser mais caro ou mais barato. Ele cita como exemplo a construção de um banco para jardim, em São Paulo. A opção convencional seria escolher uma espécie nativa, derrubar uma árvore no município de Ariquemes, em Rondônia, a mais de 2.800 km, distância percorrida em no mínimo 30 horas de um caminhão que despeja monóxido de carbono na atmosfera, para, finalmente, um marceneiro paulista construir o banco.

Com a madeira plástica, é possível produzir o material na bitola certa, em uma fábrica instalada em município vizinho à cidade de São Paulo, para que um marceneiro monte o banco. “Desse ponto de vista, o uso de madeira plástica tem um impacto ambiental reduzido e, por ser uma peça para ser utilizada em um ambiente externo, também apresentará menor custo de manutenção”, defende Christian.

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