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Entenda as diferenças entre produção puxada e produção empurrada

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Em tempos de recuperação da economia e de planejamento para alcançar as metas do segundo semestre do ano,  avaliar o seu modelo de produção pode ser uma boa pedida. Afinal, entre produção puxada e produção empurrada, qual pode gerar melhores resultados para o seu negócio?

A seguir, explicamos, em detalhes, cada um dos dois modelos produtivos para você identificar qual pode ser o mais adequado para a sua empresa. Confira!

 

Produção puxada x produção empurrada: quais são as diferenças?

 

Do inglês push system, a produção empurrada é definida a partir de uma previsão de demanda. Nesse modelo, a produção de uma fábrica se inicia antes mesmo do recebimento do pedido do cliente.

Já a produção puxada (do inglês pull system) não utiliza estoques, sendo o cliente o fator-chave para determinar o início da produção. Aqui, mesmo estando com a matéria-prima pronta para a fabricação, a produção dos móveis se inicia apenas quando o pedido é realizado pelo cliente. Ao contrário da produção empurrada, a preocupação de entrega desse modelo é mais qualitativa, e não quantitativa.

Confira, a seguir, outras diferenças importantes entre os dois conceitos:

 

Produção empurrada

 

Neste caso, a produção é mais voltada para o estoque e se origina a partir de uma predeterminação, feita com base no próprio mercado ou no histórico de vendas anteriores, seguindo um sistema de lotes, sem ter, necessariamente, relação com a real demanda dos clientes da empresa.

Dessa forma, caso um revendedor, por exemplo, tenha a demanda por um móvel, a fábrica já o terá em estoque para fornecer em pronta entrega.

Esse modelo de produção teve início na chamada era industrial, quando a qualidade dos produtos não era fator tão fundamental, já que havia uma demanda constante, em um mercado praticamente sem competição. Por esse motivo, o volume de produção era a grande preocupação das indústrias da época.

Vera Cardoso, consultora sênior e gerente sênior da Lean Services Consultoria, afirma que “na produção empurrada, as unidades são produzidas de acordo com previsões de demanda e, então, lançadas no mercado. Esses produtos são mantidos em inventário até que sejam vendidos.”

 

Produção puxada

 

Aqui, a demanda do cliente é que orienta a quantidade de móveis a serem produzidos. A produção puxada surgiu em um momento no qual a qualidade começou a pautar a compra dos produtos, e a demanda deixou de ser infinita, exigindo a adoção de um modelo de produção mais dinâmico e flexível perante um mercado competitivo.

Vera reforça que a produção puxada é uma técnica Lean para reduzir desperdícios nos processos produtivos. E a sua aplicação permite que um novo produto seja iniciado somente quando há uma demanda do cliente. Além disso, existe, explicitamente, um limite de trabalho em progresso. Dessa forma, cada processo produtivo “puxa” as unidades produzidas no processo anterior.

“Essa prática gera a oportunidade de reduzir excesso de produção e otimizar os custos de armazenamento, visto que o sistema de produção puxada controla o inventário ao longo de todo o processo produtivo, o que permite focar naquilo que o cliente deseja e quando ele precisa. Como resultado de um melhor controle de inventário, todos os recursos são focados eficientemente, acelerando o processo produtivo de produção e reduzindo os tempos de espera”, explica a especialista.

Outra diferença da produção puxada e empurrada está na forma de trabalho.

“Ao contrário da produção empurrada, que força os colaboradores a trabalharem em múltiplas tarefas, a puxada permite que eles foquem em uma única tarefa por vez. Esse modelo faz com que o trabalho seja rapidamente adaptado a mudanças que podem ocorrer no processo de produção, além de escalar a capacidade máxima de um time de trabalho, entregar os produtos acabados mais rapidamente, reduzir desperdícios de recursos e aumentar a produtividade”, esclarece.

Se você está pensando em adotar esse modelo de trabalho, Vera pontua que “a forma mais conhecida de implementar a produção puxada é usando cartões Kanban, que, em japonês, significa um sistema de sinais capaz de permitir que a produção de materiais seja substituída ou recarregada. O cartão Kanban é colocado onde os produtos ou componentes de produção são estocados e sinaliza quando há a necessidade de reabastecimento.”

 

É possível integrar esses tipos de produção?

 

É importante ressaltar que há organizações e momentos em que se adota o uso de ambos os modelos em pontos diferentes do processo produtivo.

Para avaliar a opção ideal para o seu negócio, é preciso mapear a sua forma de trabalho, os seus objetivos e as suas estratégias de estoque e de vendas. A produção puxada, por exemplo, apresenta melhores resultados na fabricação de lotes por encomenda, enquanto a empurrada apresenta melhor desempenho para empresas com produção repetitiva e programada de pedidos ou por meio de um agrupamento deles.

Produção puxada ou empurrada: qual é o modelo predominante em sua empresa? Compartilhe com a gente no campo de comentários abaixo e até a próxima. 

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