As fitas de borda de boa qualidade demandam os mesmos cuidados que os painéis revestidos. Isso porque elas são impressas com tintas e revestidas com vernizes de acabamento resistentes aos raios UV do sol. Elas também apresentam excelente resistência mecânica e contra a umidade - ou seja, as fitas de borda atuais e de boa qualidade não requerem nenhum cuidado especial, além daqueles normalmente dispensados aos móveis de modo geral.
Dicas para um melhor resultado na colagem
Para se fazer a colagem da forma correta é preciso empregar alguns cuidados, conforme explica Lara. “Primeiramente, verifique a temperatura ambiente e regule a temperatura da máquina de acordo com as instruções do fabricante”, comenta.
Além disso, é preciso também:
- Climatizar a placa ou fita antes da aplicação.
- Ajustar a pressão dos rolos.
- Ajustar o raspador que deve estar a 90 graus em relação à chapa.
- Certificar-se de que o corte das chapas foi realizado de maneira precisa.
- Verificar periodicamente a manutenção das máquinas utilizadas.
- Manter os equipamentos e as máquinas limpos, evitando a possibilidade de riscos à placa e à fita.
- Certificar-se de que o painel e a fita estejam perfeitamente limpos, antes de iniciar a aplicação.
- Guardar a fita de borda com a embalagem fechada, em local seco e fresco, evitando a umidade.
- Para a limpeza final, utilizar água e sabão neutro, evitando o uso de solventes. Lembrando de que a maioria dos produtos de limpeza doméstica podem ser utilizados sem causar danos à fita de borda
Aplicação manual x aplicação automática
Na aplicação manual, é necessário ter o cuidado para que a cola seja colocada de modo uniforme, aguardando o tempo indicado pelo fabricante para fixar a fita na placa. Também é preciso que se utilize uma ferramenta para esfregar sobre a fita para garantir a sua aderência e, depois de concluído, retirar as rebarbas da fita nas laterais. Fases como lixar para melhorar o acabamento final, deixando a linha de junção lisa e a limpeza com pano úmido ou materiais de limpeza convencionais fazem parte do processo.
Por sua vez, o automático, para que tenha eficácia, é preciso seguir um ritual bastante importante que começa com o aquecimento da cola na temperatura correta.
“A fita deve ter 4 milímetros a mais de espessura do que painel, para melhor acabamento. Para um acabamento satisfatório, a regulagem do equipamento baseia-se na espessura do painel e em evitar que ocorra excesso de cola, falta de cola, desalinhamento, sobreposição de fita e corte do revestimento do painel”, comenta o gerente comercial da Proadec Brasil, Alvino Lara.
Passada essa fase, é preciso cortar os topos e fazer a fresagem, mediante o desbaste pesado, retirando o excesso de fita e cola, uniformizando com o painel e a fresagem com raio, que nada mais é do que a retirada do excesso do material evidenciando o formato do ângulo desejado.
Nesse processo, usa-se muito o refilador, que tem a função de retirar o excesso de cola que por ventura fique na peça, melhorando o acabamento e aumentando a vida útil do polidor. E, por fim, o polimento, feito com o polidor e retirando os resquícios de adesivos e pequenas rebarbas, lustrando o conjunto da fita para proporcionar um acabamento fino.