Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), uma das principais medidas que garantem qualidade aos tecidos para a fabricação de móveis é o cuidado com a estocagem.
A conservação depende impreterivelmente da maneira como o material será guardado juntamente com os demais.
Isso, porque um tecido pode acabar prejudicando o aspecto do outro com relação a criação de rugas, quebraduras, desalinhamento das ourelas, etc. E não é somente isso.
O próprio local, se desapropriado para a estocagem, pode influenciar na alteração de cor, rigidez, etc.
Costurabilidade de tecidos
De acordo com a Cartilha de Costurabilidade da Abit, opções de estocagem como o modo fogueira, por exemplo, ocupam pouco espaço, no entanto, podem danificar o tecido.
Isso porque favorecem o desenvolvimento de marcas vitalícias. Nem a confecção das peças será eficiente para retirá-las.
Além disso, a “fogueira” pode estar em um local com excesso de luz, o que altera a cor também de maneira irreversível.
Ideal mesmo é seguir algumas regras, que podem facilitar a estocagem e a conservação dos tecidos para mobiliários.
Com o auxílio da cartilha da Abit e algumas indicações da associação, elaboramos este conteúdo.
Analise com atenção!
Cuidados na conservação e estocagem de tecidos
1. Paletes
Os paletes são uma ótima opção para estocar os tecidos, porque isolam os materiais de sujeiras e também da umidade do chão. Lembrando que fungos e bactérias podem consumir as fibras e deteriorar o tecido. Eles jamais devem ser largados no chão, mesmo que de pé.
2. Avesso
É fundamental estocar os rolos com o avesso enrolado pelo lado externo. Essa medida tende a garantir proteção contra a sujeira e aos problemas causados pelo excesso de luz. E quando os tecidos forem de grande largura, devem ser enrolados na largura total em aberto para não formar vincos.
3. Cuidado extra com a estrutura
É imprescindível tomar todo cuidado para não quebrar o núcleo no qual o tecido está enrolado. Assim, é possível evitar danos irreparáveis. No entanto, caso algo do tipo aconteça, a Abit indica que se deve desenrolar o tecido e transferi-lo para outro núcleo, desta vez, em perfeito estado.
4. Paredes
As paredes também são prejudiciais aos tecidos. É preciso ter cuidado para não alocar os tecidos em uma região com umidade. Também, em paredes com aquecimento excessivo devido à isolação contínua.
5. Iluminação
Conforme explica a Abit, a iluminação demasiada pode alterar a cor do tecido. Tanto a natural quanto a artificial. Por sua vez, a cartilha da associação diz que é “importante proteger todo e qualquer tecido da luz”.
6. Gases poluentes
A mesma cartilha alerta para os gases poluentes. “Os que são emitidos por escapamentos de automóveis também podem afetar a cor dos tecidos, portanto, eles nunca devem ser estocados próximos a garagens ou janelas que tenham acesso aos gases da rua”.
7. Pragas
Além dos fungos e bactérias que citamos anteriormente, algumas pragas podem influenciar na qualidade dos tecidos para mobiliário. Entre eles, baratas, traças e ratos. É essencial realizar uma vigilância no estoque, além da desinsetização e desratização do respectivo ambiente.
Dica extra: siga as instruções do fabricante
A Abit alerta que é de suma importância respeitar as indicações dos fabricantes dos tecidos.
Além disso, a associação indica que essas medidas devem ser repassadas ao consumidor final, garantindo a qualidade do móvel e fidelizando o cliente ao respectivo fornecedor.
“As indicações dos fabricantes seguem os símbolos e/ou textos da norma ABNT NBR ISO3758 recomendada na Resolução de etiquetagem têxtil.”
Os principais símbolos indicam:
- lavagem – o símbolo e uma tina;
- alvejamento – com um triângulo;
- cuidado têxtil profissional – o símbolo é um círculo;
- secagem – com um quadrado como representação;
- e passadoria e prensagem, cujo símbolo é um ferro de passar.
Saiba tudo sobre os cuidados de fabricação, estoque e conservação dos tecidos para móveis na Cartilha de Costurabilidade da Abit!