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Tudo sobre tecidos na decoração: descubra no ForMóbile #NoSofá

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Os tecidos são parte essencial dos projetos de interiores. Pensando nisso, o especialista Wilson Pipoli foi convidado pelo ForMóbile #NoSofá para trazer dicas sobre esse universo. Confira!

“Tecido é história”, foi assim que o designer têxtil Wilson Pipoli, que está há mais de 37 anos trabalhando nessa área resumiu o universo têxtil no 5º episódio da última temporada de ForMóbile #NoSofá.

Para o especialista, todos os tecidos contam uma narrativa, seja ela do presente, do passado ou do futuro. 

“O movimento mundial hoje está um tanto perdido, nós não sabemos para onde caminhar e, quando estamos perdidos, há a necessidade de olhar um pouco para trás e ver toda a história pela qual nós passamos até o momento para então entender para onde estamos indo”, explica Pipoli.

“Hoje temos empresas fazendo reedições de bauhaus e de medalhões da Europa, ou seja, cada uma está pegando um pouquinho da sua história e colocando nos tecidos”, continua o designer.

Tendências em tecidos

Com vasta experiência no mundo têxtil, Pipoli está atento a tendências nacionais e internacionais, sendo até mesmo capaz de sugerir o que está por vir nos próximos anos dentro desse mercado.

“As cores estão mais dinâmicas porque a ausência delas nos entristece, então quando você pega um sofá só bege ou cinza é preciso quebrar esse padrão com almofadas decorativas e acessórios”, comenta o designer.

Outra tendência apontada por ele é um forte retorno do mercado têxtil ao que era produzido nos anos 80. “Tudo o que você está vendo hoje a nível de texturas nós trabalhamos nos anos 80, inclusive as principais paletas de cores utilizadas atualmente são muito propícias a década de 80, onde você tinha os tons terrosos e camelo”, continua Pipoli.

“É preciso lembrar que as tendências vão e voltam”, acrescenta. 

Inspiração e texturas nos tecidos

O designer também explicou que no mundo dos tecidos a base é a natureza, ou seja, todos eles são inspirados na mãe terra.

“Por exemplo, quando eu olho para a textura rugosa do casco de uma árvore eu tenho que encontrar algo que remeta a essa mesma textura e sensação que ela passa e transformar isso em tecido, nesse caso, temos o Bouclê”, elucida Pipoli, destacando que, para recriar as texturas da natureza é preciso encontrar o melhor fio para retratar aquilo que se almeja passar para o consumidor final.

Principais tecnologias disponíveis no mercado têxtil

Já quando o assunto é tecnologia, Pipoli começa trazendo uma inovação desenvolvida no Brasil e implementada no nordeste: a produção de algodões coloridos.

Segundo o designer, essa tecnologia surgiu de um estudo de cerca de uma década desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, hoje, já são mais de cinco cores de algodão sendo comercializadas no mercado. 

“Essa técnica consiste na mistura de espécies de algodão gerando certas tonalidades. No momento ainda estamos falando de tons beges e neutros mas, para o futuro, a ideia é ter colorações mais acentuadas.”

“Ou seja, com essa tecnologia passamos a não ter mais a necessidade de tingir o algodão, porque agora é possível colher ele já tinto”, continua o designer. “E seguimos trabalhando em cima disso para cada vez viabilizar melhor as possibilidades de cores e não só isso, mas também pensando em manter a cadeia dos ecológicos e deixar eles tomarem conta da nossa vida”, conclui.

Ainda segundo Pipoli, além do algodão tingido há também uma série de outras possibilidades de matérias-primas nobres e biodegradáveis que podem ser usadas para produzir tecidos coloridos.

“Temos as fibras da bananeira, da soja, do leite, do cânhamo, do linho, entre outras”, cita o designer. “Tudo isso é inovador no mercado nacional e também é uma maneira de prezar cada vez mais pelo meio ambiente”, reforça o especialista, acrescentando que hoje a pauta da sustentabilidade está cada vez mais em alta. 

E falando em sustentabilidade, o designer comentou que os dois tecidos sustentáveis que estão ganhando cada vez mais o mercado são o poliéster biodegradável e o tecido PET (produzido através da transformação de garrafas pet em fios e, posteriormente, em tecido).

“Agora os tecidos PET estão tão desenvolvidos que eles possuem até um chip embutido na fibra para que seja realizado um controle desde a época da produção daquele tecido até o seu descarte”, enfatiza Pipoli.

Ele também destacou que esses tecidos sustentáveis, além de ajudarem na preservação do meio ambiente, ainda agregam nos móveis e estofados das casas por serem opções mais resistentes.

“Em áreas externas, por exemplo, a questão da temperatura e do solo afetam diretamente matérias-primas naturais fazendo com que elas se degenerem mais rápido, por isso a melhor opção para esses espaços hoje é aplicar tecidos a base de poliéster, como o próprio tecido PET, que garante mais resistência e menor probabilidade de desbotamento.”

Ainda falando de resistência, para quem busca tecidos à prova de manchas a dica de Pipoli é usar a mais nova tecnologia italiana EasyClean.

“Esse é um tipo de acabamento aplicado sobre o tecido que garante maior versatilidade de uso, facilita a manutenção e a limpeza, além de aumentar a resistência contra manchas”, comenta o especialista, adicionando que com o EasyClean um pouco de álcool com água resolve a mancha de qualquer estofado facilmente. 

Já quando a pauta é o futuro do universo têxtil, Pipoli aposta em uma tecnologia que está ganhando cada vez mais o mercado da moda e que ele acredita que logo estará em móveis e estofados também: a nanotecnologia.

“Com essa nova tecnologia você consegue desenvolver fibras fantásticas, resistentes e até mesmo impermeáveis”, destaca o designer, acrescentando que esses tecidos são capazes de controlar até a temperatura corpórea e os batimentos cardíacos das pessoas. 

O conselho final de Pipoli é que, antes de definir o melhor tecido para um móvel, é preciso conhecer a fundo quem é seu cliente, como ele vive, o que ele espera do projeto e qual é seu poder aquisitivo.

“Descobrindo isso você tem a condição de sugerir o melhor produto para que ele possa ter uma melhor utilização”, conclui o designer. 

E se você gostou das dicas de Pipoli, confira a participação dele no ForMóbile #NoSofá na íntegra e aproveite para se inscrever no canal e acompanhar todos os lançamentos da 4ª temporada!

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