A indústria está intimamente ligada à inovação, buscando resolver problemas com a aplicação de tecnologias. Uma tendência que ganha força ano após ano é aplicação da Realidade Aumentada na cadeia do móvel. Para facilitar a compreensão sobre o tema, o segundo dia da ForMóbile Xperience 2020 contou com a participação de Mauricio Ogawa, gerente geral de inovação e tecnologia da Firjan.
O ponto de partida dessa palestra bastante tecnológica foi a diferenciação entre Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumenta (RA).
A primeira é imersiva, ocorre com auxílio de óculos especiais e torna artificial tudo o que usuário enxergar, pois a realidade é criada em computador. “Perde-se o contato com o externo, ainda que o ambiente pareça muito verdadeiro. Essa é a principal característica da Realidade Virtual”, classifica Ogawa. Já a Realidade Aumentada é uma sobreposição de informações digitais no mundo real. “Você vê normalmente as coisas e, de repente, aparece uma informação digital na sua frente", explica.
No ramo moveleiro, a RA pode ser usada para construir uma plataforma de amostragem de móveis de madeira para designers e fabricantes de amostras para diminuir o julgamento entre o protótipo e o produto. “Você pode incluir a Realidade Aumentada em todas as fases da produção”, sugere Ogawa.
Na comparação das amostras, designers e fabricantes precisam de muitas discussões e correções para entender a proporção exata e a forma dos móveis. Devido à falta de uma ferramenta de discussão eficaz como a RA, a amostragem precisa de repetidas correções de detalhes.
Mercado promissor
Previsões sobre a utilização de ambas na indústria são bastante promissoras. Alguns dados apresentados pelo representante da Firjan são os seguintes:
- Mercado de RA alcançará US$ 198 bilhões em 2025;
- Estima-se que 68,7 milhões de usuários façam uso de RA, pelo menos, uma vez por semana;
- Móvel é o principal produto que as pessoas querem comprar com RA (60%)
Benefícios na jornada de compra
Ao utilizar essas tecnologias, a empresa é beneficiada com personalização de experiência de compra, engajamento e retenção de clientes e posicionamento de mercado. Pelo viés do cliente, há ganho em experimentação remota e combinação de compras.
“O Ikea disponibiliza RA para o cliente testar móveis em casa. Coloca um produto digital dentro de um ambiente real. Depois leva para a área de compras”, conta.