A ForMóbile 2022 se encerra nesta sexta-feira, dia 08 de Julho. O sucesso dessa nona edição foi comprovado já no primeiro dia, com profissionais de todos os nichos do setor moveleiro chegando para conferir as novidades de 500 marcas expositoras, e também a grade com 35 horas de conteúdo divididos entre o Palco ForMóbile e o Espaço Maker.
Conversando com marcenarias, indústrias, revendas, fornecedores de tecnologia, fabricantes de painéis e diversas outras soluções para o mercado de móveis e colchões, além dos arquitetos e designers que participam procurando os destaques para projetos, as palestras e interações aconteceram durante os quatro dias da feira.
Neste último dia, destaque para palestrantes que trouxeram panoramas da indústria moveleira e perspectivas para o mercado. Confira alguns conhecimentos compartilhados agora!
O mobiliário brasileiro no contexto global
Apresentada por Cândida Cervieri, diretora executiva da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), a palestra "O mobiliário brasileiro no contexto global da indústria de móveis” trouxe um panorama das exportações de móveis brasileiros, focando nos designs originais, e os projetos promovidos pela associação.
Cândida enfatizou que “o móvel brasileiro tem espaço, e já está presente em 172 mercados”. Embora 40% das exportações sejam para os Estados Unidos, designers e indústrias brasileiras vendem para todos os continentes, e cada um deles tem suas demandas específicas.
A qualidade da madeira brasileira, o alto volume de espécies - temos a maior xiloteca (uma espécie de biblioteca de madeiras) da América Latina - e a preocupação com manejo sustentável são fatores que qualificam o Brasil para ganhar cada vez mais mercado. A especialista lembra que, há 10 anos, apenas um estande brasileiro participava do Salão de Milão, um dos principais eventos do setor no mundo. Neste ano, ao todo, foram 10 marcas brasileiras em exposição e, de acordo com Cândida, o número para 2023 deve chegar a 15.
A Abimóvel vem desenvolvendo uma série de projetos para fomentar o mercado moveleiro. Um exemplo é a Casa Brasil, projeto de exposição internacional de móveis brasileiros feito em paralelo aos tradicionais salões e eventos de design. Durante a última edição da ICFF, em Nova York, por exemplo, a associação conseguiu, por meio da exposição e de suas rodadas de negócios, movimentar mais de 47 milhões de dólares.
Promovendo a competitividade
O físico, consultor e palestrante Prof. Mauro Andreassa subiu ao palco para apresentar “O que a indústria precisa e deve olhar (agora e no futuro) para se manter competitiva”.
Com dados sobre a indústria moveleira, destacando principalmente a baixa participação em exportações e a predominância de micro e pequenas empresas no Brasil, Andreassa compartilhou um panorama das indústrias nas principais nações.
Em seu exemplo, a indústria moveleira na Itália preza pelo maquinário mas também pelo design. Já a indústria alemã se destaca pela alta tecnologia nos equipamentos e processos, enquanto a chinesa ganha pelos baixos valores e alta produção.
Diversos pontos foram levantados como necessidades para que as empresas do setor moveleiro se desenvolvam e possam competir nesse cenário global: investimento em capacitação e inovação, organização da sucessão familiar, gerenciamento de processos e projetos e monitoramento da qualidade.
Mais temas no Palco ForMóbile
Encerrando a programação do evento presencial, o público também conferiu:
- Christian Ullman e Pedro Galaso (ambos do IED – Istituto Europeo di Design): Desafios do designer contemporâneo com madeira brasileira;
- Fernando Imazu: Como surpreender o seu cliente utilizando overdelivery;
- Valci Goulart: Conquistando parcerias com arquitetos.
